Capítulo 32 - Posso te chamar de mãe?

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Demi Lovato POV

Chegamos no parque e procuramos um lugar para nos sentarmos. Acabamos forrando o pano perto de uma árvore, estava um pouco calor e resolvemos ficar num lugar aonde tinha uma sombra. James deixou o tablet dele com a gente e foi se juntar com algumas crianças. Enquanto eu e Wilmer arrumamos as coisas do piquenique.

- Ele está fazendo amigos com mais facilidade. - Wilmer fala e eu assinto. - E você que ensinou isso.

- Eu dei um empurrãozinho, essa é a melhor fase da vida e ele precisa conhecer pessoas diferentes. - Eu falo.

- Quando você virou a babá dele, parece que tudo na vida dele mudou. Ele está aprendendo a falar português! - Ele fala impressionado.

- Não é um idioma difícil e nessa idade ele consegue desenvolver mais coisas que um adulto não consegue.

- Está me dizendo que eu não consigo aprender português?

- Claro que não, só estou dizendo que se torna mais difícil. - Eu falo.

- Certo Demetria, estou de olho. - Ele fala e eu começo a rir.

Depois que terminamos de arrumar, deitamos no pano e começamos a olhar as nuvens se movendo bem devagar.

- Eu gosto de fazer isso. - Ele fala e eu olho para ele. - Ficar deitado na grama assistindo as nuvens passarem, a gente se acalma sem contar que coloca as ideias no lugar.

- Também gosto de fazer isso. - Eu falo. - Sempre fazia no quintal da minha casa, quando estava brava com alguma coisa ou simplesmente entediada.

- Bem... não tenho tempo para fazer essas coisas, ainda bem que o James propôs isso. - Ele fala e eu assinto. - E ainda bem que a gente conseguiu te tirar daquele quarto.

- Ah... não ia ser tão difícil.

- Aquele quarto estava de pernas para o ar, Demi. - Ele fala e eu o encaro séria. - Tinha pôsteres de artistas que eu nunca vi, infinitos CD's, fantasias e outras coisas que não consegui identificar.

- Os pôsteres era de quando eu estava na minha fase de adolescente rebelde e eu tenho certeza que você já passou por isso.

- Na verdade não... na escola eu era muito quieto, era o aluno mais esperto da sala e a maioria das pessoas me odiavam.

- Você nunca foi o príncipe do baile? - Eu falo e ele nega. - Estamos quites, mas eu sei que todo aluno mais esperto, sempre é apaixonado pela aluna mais famosa da escola.

- Isso você tirou de livros de romance?

- Talvez, mas também tem filmes.

- Respondendo a sua pergunta: não, eu não era apaixonado pela aluna mais famosa da escola, pelo contrário, era apaixonado pela minha única amiga naquela sala, mas ela estava na fase de adolescente rebelde, igual à você.

- Ainda tem contato com ela?

- Tenho, mas não converso muito.

- E ainda sente alguma coisa por ela?

- Vejo que alguém está com ciúmes. - Ele fala e olha para mim.

- Não estou com ciúmes, só tenho que saber das coisas.

- Não, meu amor, não sinto mais nada por ela, porque desde que você apareceu, você deixou a minha vida de pernas para o ar, igual o seu quarto.

- Que bela comparação. - Eu falo e sorrio.

- Mas é verdade, você foi me conquistando aos pouquinhos, minha mãe soube que eu estava apaixonado por você, primeiro que eu. - Ele fala.

- Sua mãe tem esse poder, acho que todos que a gente conhece queria juntar a gente de algum jeito. - Eu falo e ele assente.

A Babá Do Meu Filho | DilmerOnde as histórias ganham vida. Descobre agora