Um Amor com Barreiras (Mpreg)

Capítulo Cinquenta e Cinco

Dean Kinsley

Não consigo parar de sorrir desde a minha madrugada junto de Castiel no chalé, ele finalmente se entregou para mim como tanto desejei, o ter em meus braços novamente fez minha vida voltar ao lugar, a paz que eu sentia perto dele voltou a habitar meu corpo, meu coração está tão inteiro, tão alegre em tê-lo de volta.

Castiel e eu perdemos muitos anos longe um do outro, e tudo por minha culpa, por permiti o sentimento de mágoa vencer o amor que eu tenho por ele, mas isso não vai voltar a acontecer, ainda temos muito tempo, não é tarde para recomeçar. Não vou perder a oportunidade que a vida está me dando, Cas me deu uma segunda chance e dessa vez vai dar tudo certo, vou fazer o certo.

Após o amor incrível que fizemos ele dormiu nos meus braços, o ver assim fez com que eu chorasse em silêncio, sem ele saber. Como posso ter deixado ele ir embora? Como aguentei ficar tanto anos longe desse homem? Não sei da onde tirar uma resposta, mas sei que não aguentaria novamente.

Agora vamos ficar juntos e o trouxa do pai dele não irá fazer nada, ainda mais estando em uma cama de hospital praticamente morto, mas se um dia esse homem sair do coma e querer voltar a infernizar nossas vidas, a nós separar, ele não vai conseguir. Não quero a morte de Mauro Baker, quero que ele desperte e veja o quanto seu filho vai ser feliz comigo, o quanto esse amor é forte e não foi quebrado como ele desejou fazer.

Nesse momento tenho Felipe muito perto de mim, brincando com seu irmãozinho de jogar água um no outro, eu estava nesse meio a alguns minutos atrás, o garoto brincou comigo, rindo e me olhando sem ser com raiva, mas depois ele pareceu se dar conta do que estava acontecendo e ficou sem expressão, então decidi sair da brincadeira antes dele fazer isso, não quero acabar com a diversão do moleque, eu serei paciente, tenho a sensação que ainda seremos bastante amigos.

Disso dei minha total atenção para o meu Sweet que vinha conversando com minha filha, e vendo os dois desse jeito, fico confuso vendo traços bastante familiares, o mesmo jeito de agir, de gesticular, o brilho nos mesmos olhos verdes. Fiquei travado nesses pensamentos até acordar quando jogaram água na minha cara, era o caçula de Cas rindo de mim, acabei rindo também, mas voltei para minha seriedade agora vendo Castiel sem o sorriso, ele olhava fixamente para minha filha que mexia na cesta encima de uma toalha estendida no chão.

Saí da água preocupado, e fiquei mais ainda vendo o corpo de Cas tremendo, peguei em suas mãos o fazendo se assustar, ele me encarou com os olhos cheios de lágrimas e soluçou chamando a atenção de todos.

— Cas... — tento, mas ele me empurra caminhando até Júlia, que agora estava de pé tão preocupada quanto eu. — Castiel, o que foi?

Mas ele continuou me ignorando, assim que chegou perto de Júlia seu choro aumentou. O vi negar várias vezes a encarando, tocar o rosto dela com receio, os soluços ficaram mais fortes e Castiel a abraçou com força, e Júlia não entendendo nada também chorava.

Encarei meus pais confusos e eles tinham o mesmo ponto de interrogação na testa, assim como os garotos que deixaram a cachoeira.

— É você... — ouvimos ele dizer sem sair do abraço. — É você, agora eu sei que é você...

— Meu amor. — toquei seu ombro e assim ele me encarou sorrindo em meio às lágrimas.

— É ela Dean, a minha...

Seu corpo teria ido de encontro ao chão se não tivesse o segurado.

— Papai! — Henry gritando querendo vir até Cas, mas meu pai o segurou. — O meu papai!

— Ele está bem garoto, só desmaiou, logo vai acordar. — meu pai falou tentando o acalmar.

Peguei Castiel no colo sem esforço algum e fiz o caminho de volta para casa, com muito medo desse desmaio dele, não estou entendendo mais nada, foi tão de repente. Entrei em casa sem fôlego por ter andando muito rápido com ele nos braços, fui com mais pressa ainda até o meu quarto o colocando encima da cama.