Um Amor com Barreiras (Mpreg)

Capítulo Quarenta e Três

Castiel Baker

Não consegui parar de chorar, entrei em casa desse jeito, minha sorte foi em não encontrar ninguém, subi correndo para o quarto e entrei no banheiro e lavei meu rosto, esse estava bem vermelho, meus olhos igual e um pouco inchados, droga, Maurício não pode me ver nesse estado, não saberei mentir para ele.

Estou arrependido de ter ido naquela droga de jardim falar com o Dean, deveria ter pedido para a Júlia contar ao pai dela... Claro que não, onde estou com a cabeça em querer envolver uma criança nisso, eu mesmo tenho que resolver meus problemas, não posso agir com raiva, assim só vou fazer merda, tenho que me acalmar, esfriar minha cabeça e pensar com calma no que fazer.

Mas é difícil, pensar no beijo dele, aquilo... Não deveria ter acontecido, o sentimento ficou tão mais forte, o meu amor pelo Dean continua do mesmo jeito de quando éramos mais jovens, talvez um pouco maduro, mas é um amor grande, que está querendo se libertar, está muito difícil de controlar isso. Levei tampo tempo para trancafiar esse sentimento, deu certo, tinha Maurício para me ajudar, mas isso agora não serve de nada. Não deveria ter voltado para cá, era para estar tudo perfeito se tivesse permanecido em Londres com Mau e os nossos filhos.

Estou com tanto medo da minha vida desmoronar, a minha família, e tudo por um amor de adolescência que não deu certo, esse homem está novamente na minha vida e está conseguindo mexer com a minha cabeça; ao mesmo tempo que não quero, eu quero estar nos braços dele novamente, sentir aqueles lábios novamente, seu cheiro, o corpo junto do meu, Dean Kinsley é tão perfeito, mas também tão idiota, depois de anos ele acha que está tudo bem, vem se declarando para mim e acha que vamos voltar a ser como antes, isso nunca mais vai acontecer, ele precisa acordar para a realidade, e eu também.

O beijo está sim me enchendo de culpa, Maurício não merece uma coisa dessas, ele fez tanto por mim, me aceitou junto de Felipe, aceitaria até Mirela, se aquela fatalidade não tivesse acontecido. Eu amo o Maurício, é um amor diferente do que sinto pelo Dean, mas não deixa de ser amor, não posso ceder aos meus desejos e fazê-lo sofrer.

Após me acalmar e meu rosto melhorar um pouco eu desci para a sala, fiquei surpreso ao ver os três no sofá me esperando.

— O papai Mau vai nos levar papai Cas. — Henry comemorou pulando no meu colo e ri o segurando.

— Isso é ótimo. — encarei Mau que parecia um pouco sem graça de olhar para mim. — Vamos então?

Eles concordaram, Felipe foi o primeiro a sair de casa, o percebi longe, ele precisa do tempo dele, mas precisamos conversar direito, de um jeito mais calmo. Mau segurou na minha mão e juntos saímos de casa, com Henry em meu colo.

* * *

Deixamos o mais novo na escolinha e fomos para onde leciono. Assim que chegamos Felipe saiu sem falar nada e fiquei sozinho com Maurício.

— Me desculpa Cas, por agir como um idiota com você... Só fiquei com ciúmes de você com àquele homem e com medo de perder meu filho... — seus olhos enchem.

— Tira isso dá sua cabeça amor, não precisa ter ciúmes, eu te amo. — selo nossos lábios. — O Felipe é nosso filho, seu filho, isso você nunca vai perder, se um dia ele chegar a aceitar o Dean na vida dele, o seu posto de pai vai ser o mesmo, ninguém vai tomar isso de você.

— Eu sei Cas, só não consigo evitar de sentir esse medo. — falou beijando minha testa. — É melhor irmos trabalhar, sim?

— Está certo, até logo Mau. — o beijo uma última vez e saio do carro.

Segui para dentro do colégio e fui direto para a sala de música, desejei bom dia a alguns alunos que estavam presentes e eles responderam em coro, dei mais alguns minutos e a sala já estava cheia.