Capítulo Trinta e Sete

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Castiel Baker

Aquela conversa com meu filho me deixou um pouco mal, por isso decidi sair um pouco de casa para respirar, descobri em um site sobre aqui no condomínio ter um jardim, já gostei muito disso, essas coisas me ajudam a pensar e colocar as ideias no lugar.

Esse problema com Dean só está começando, sinto que dê algum jeito ele já sabe que realmente é o pai biológico de Felipe e vai querer fazer parte da vida dele, por mim isso estaria tudo bem se meu filho quisesse, mas o problema é esse, Felipe não quer Dean por perto, então não vou permitir essa aproximação, se esse homem de agora quis nos rejeitar no passado, agora no futuro é que ele vai sofrer as consequências.

Também tem Maurício no meio disso tudo, ele é o pai de Felipe, criou o meu filho junto comigo, esteve presente em todas as fases de seu crescimento, o ensinou a amarrar o tênis, esses detalhes são importantes para mim, mas mesmo apesar de tudo isso eu ainda continuo amando Dean Kinsley, esse sentimento está querendo sair, me dói mantê-lo preso, mas não posso libertar isso, não é justo com a minha família, principalmente com Maurício.

Depois de um tempo nesse jardim pensando resolvo ir para casa, fiquei tempo demais fora e Henry deve estar me procurando. Ando a passos rápidos para sair do jardim e chegar logo em casa, mas ao virar uma espécie de parede feita de folhas meu corpo acabou se chocando com o de alguém, e se a outra pessoa não segurasse minha cintura eu cairia feio no chão, mas ao ver quem é a pessoa eu preferia ter caído no chão.

Meus olhos com certeza devem estar pulando para fora de tão assustados e surpresos ao ver esse homem na minha frente, isso é cômico demais, Dean está tão ou mais surpreso quanto eu, tenho vontade de rir disso, mas os problemas não permitem.

O observo melhor agora, ele está diferente, um rosto mais másculo, cara de homem maduro, porém ainda tem aquela sombra no rosto de moleque safado, o corpo está mais forte, maior e com os músculos muito bem distribuídos, e o principal, seus olhos castanho parecem estar ainda mais brilhantes, esses me penetram com tanta intensidade que não consigo manter o olhar por muito tempo, o silêncio é tão incômodo, mas a voz que sai da boca dele junto daquela palavra me faz querer chorar me mandando de voltar para o passado.

— Sweet? — disse ele quase sem voz.

"Corria por uma pracinha com Dean atrás de mim tentando pegar seu boné, nesse tempo ele usava essas coisas e eu adorava atentar o coitado.

Como eu era mais pequeno, também era mais rápido e tinha mais agilidade para escapar dele, mas soltei um grito assustado quando cai na grama com um corpo encima do meu me enchendo de cócegas, não me aguentei de tanto rir, e ele rindo junto finalmente conseguindo pegar seu boné.

— Ah Cas seu danado, agora adora ficar me fazendo de bobo. — ele ri parando com as cócegas e fica me olhando com amor. — Você vai ser o meu Sweet Castiel.

— Seu o quê? — me apoio nós cotovelos.

— Meu Sweet Castiel, meu doce Castiel. — explica dando beijos no meu rosto.

— Eu te amo Dean. — envolvo seu pescoço com meus braços.

— Te amo também sweet. — sorri bobo o deixando me beijar."

Essas lembranças me parecem tão recentes, e elas além de me deixar triste agora, me deixam também muito irritado. Olho bem nos olhos do homem na minha frente e decido acabar logo com isso e ir para minha casa.

— Você não tem mais o direito de me chamar assim Dean Kinsley, chega até ser ridículo da sua parte! — sinto meus olhos queimarem. — Para você é Sr. Baker ou Castiel Baker, nada a mais que isso! Com licença, meus filhos estão me esperando.

Um Amor com Barreiras (Mpreg)Where stories live. Discover now