Um Amor com Barreiras (Mpreg)

Capítulo Cinco

Dean Kinsley

Raiva, era esse o sentimento que estava sentindo nesse momento pela minha situação com Castiel. O mala do pai dele nos proibiu de andar juntos, nunca senti tanta raiva na vida como estou sentindo agora por Mauro Baker. Não entendo como uma pessoa pode ser assim, menosprezar outras pessoas apenas por serem mais humildes, isso é horrível. O pior de tudo é ele não ligar para a felicidade do próprio filho, se importa mais com a opinião da sociedade.

Não contei para o meu sweet, mas estou com medo também, antes eu achava ser exagero de Cas ter tanto medo assim do pai dele descobrir a gente, porém agora entendo ele, sinto que as coisas poderiam ser piores se Mauro Baker soubesse da minha verdadeira relação com seu filho, com certeza as coisas não seriam nada boas.

O último sinal soa indicando o fim das aulas, fico bastante feliz com isso, pelo menos fora daqui vou poder ficar direito com meu amor. Guardo meu material com pressa e jogo minha mochila nos ombros, vou até Ângelo que me esperava na porta e saímos juntos, ao virar um corredor reviro os olhos por ver Dulce Maria vindo na minha direção. Ela até é legal, mas fica se jogando encima de mim igual uma desesperada, não gosto nada disso. Coloco meu melhor sorriso para não ser mal educado com ela.

— Oi Dean, Ângelo! — sorrindo exageradamente para mim.

— Dean, vou te esperar lá fora. — Ângelo fala e já sai sem me dar a chance de responder.

— Quero te fazer um convite. — Dulce começa animada. — Vamos tomar um sorvete hoje na praça? Só nós dois!

Me esforço para não revirar os olhos e não bufar entediado, essa garota não bate muito bem, já deixei claro que nunca vamos ter nada um com o outro, e agora ela quer marcar um encontro comigo. Antes de responder vejo mais a frente Castiel conversando com Alice, e mais atrás dele estavam Luciano e Laura. Castiel olhava na minha direção com raiva e isso faz meu corpo se arrepiar de medo, ele não suporta Dulce, então é melhor para minha própria sobrevivência terminar logo esse papo com ela.

— Dulce presta atenção! — Ela assente com um sorriso do gato da Alice. — Hoje não vai dar para tomarmos esse sorvete, mas se quiser outro dia podemos ir, com todos os nossos amigos juntos.

— Mas Dean... — a corto.

— Mas nada Dulce, não adianta porque nunca vamos ter nada juntos, entenda isso de uma vez!

Saio dalí a deixando sozinha, vejo Ângelo encostado em um poste com uma cara emburrada, já até sabia o que era.

— Vamos Dean, estou morrendo de fome. — fala me fazendo rir. — Você acha engraçado.

Apenas continuo rindo, mas meu sorriso morre ao ver uma BMW passar lentamente por nós com os vidros abaixados, meu olhar fica fixo no de Mauro Baker por alguns segundos, sinto um frio estranho no meu estômago.

— Ei Dean, tudo bem? — balanço minha cabeça afirmando para a pergunta de Ângelo. — Vamos logo para o ponto, se não perderemos o busão.

Sigo com Ângelo até o ponto de ônibus, meia hora depois o ônibus aparece, e para nossa alegria não estava cheio, entramos e sentamos nos fundos, fomos o caminho todo conversando coisas aleatórias, mais sobre o jogo de basquete que passaria sexta na tv fechada. Mais meia hora e ônibus chega no nosso ponto.

Entro em casa com Ângelo logo atrás de mim, encontramos minha mãe na cozinha/sala preparando o almoço. Ângelo já foi logo abraçando e dando um beijo no rosto dela a bajulando, e ela só fez em bater nele com o pano de prato e chamá-lo de puxa saco só porque de sua comida.

Também deixo um beijo no rosto da minha mãe e ela me dá um na testa, e faz o mesmo com Ângelo. Puxo meu amigo para o meu quarto e fico surpreso ao encontrar meu irmão Danilo largado na cama, vestido somente com um samba-canção e jogando videogame.