Bad Idea • PJM

11. ᴅɪsᴍɪss

— Isso não se enquadra a ela. Esqueceu? Jungkook está começando uma guerrinha desnecessária e a garota está claramente desconfortável com isso tudo.

— Isso não importa mais, Jimin — berrou. — Jungkook chutou ela, e era de se esperar. É o que ele faz.

— Nossa, que cruel! Falando assim parece estar jogando a garota pra mim. Você é terrível! — fingi espanto.

Jennie riu, e passou uma mecha de seu cabelo para trás.

— Eu não disse nada.

Disse, mas não foi com a boca.

— Achava que odiasse ela. — Caminhei, sentando-me ao seu lado, teorizando suas próximas palavras.

Se fôssemos julgá-la pelo modo que todos daquela faculdade a viam, Jennie odiaria todos por simplesmente fazerem nada, mas ela não era assim de verdade. Jennie era doce e amigável quando lhe cabia.

— Não dá para odiar. Júlia tem aquele rostinho... — Parou pensativa. — A impressão que ela me passa pode ser diferente do que ela é. Eu nem a conheço, não dá pra tirar essas conclusões assim.

Suspirei pesadamente.

— Não sei até hoje como ela chegou até Jungkook... — Passei meus cabelos para trás.

— Esse problema todo não aconteceria, se ela não tivesse caído na lábia dele. — A morena abaixou a cabeça, fitando o chão. — Se até eu cai, quem não cairia?

— Você está falando mal do meu amigo na minha cama?

— Foda-se, não é ele que tem a fama de puta barraqueira. Dá uma trégua!

Deixei escapar uma risada.

— Foi mal, puta barraqueira. Continue.

Jennie gargalhou, batendo de leve com o ombro no meu.

— Não vá se apaixonar por ela, Park Jimin — avisou.

— Park Jimin não se apaixona, gata. Lembre.

Jennie balançou a cabeça negativamente, com um sorriso ladino no rosto.

— Jennie Kim sabe que isso não é verdade.

❉

Para a maioria, ser o filho do CEO de uma empresa de multibilionária deve ser o sonho. Usar várias cores de ternos nas reuniões, e ouvir um bando de imprestáveis competirem, para saber quem era mais rico, não tinha nada de tão impressionante assim. Era desnecessário e totalmente fútil.

E aquela, era só mais uma das reuniões que eu, Jungkook e Taehyung voltávamos para casa, com a alma sugada por todas aquelas pessoas. Estava cansado daquela gravata apertada, esgoelando-me durante três horas seguidas, mas o futuro da empresa, teria que estar perfeito em todas as circunstâncias — mesmo que significasse sufocar com a porra de um pano bonito.

Filhos dos três maiores CEOs da Coréia do Sul, éramos obrigados a participar daquele tipo de reunião, só pelo codinome de herdeiro. Era bem pior para Jungkook, que funcionava como substituto de seu irmão, quando o majestoso não podia comparecer.

Depois da aliança que nós três fizemos, ir a reuniões, tornou-se um pouco mais tolerável, estudando formas e pegando informações para a evolução do nosso próprio projeto. O segredo e sonho que guardávamos juntos.

— Já falei que odeio o seu pai? — Tae afrouxou a gravata assim que saímos da reunião, direcionando seu olhar raivoso para mim.

Aliás, quem naquela sala não odiaria ele?