Valentina Carvajal.
Assim que eu abri a porta do banheiro da Juliana, eu a vi, estava desacordada, com a testa sangrando, a garrafa de mezcal estava ao lado da pia e a pia estava com marca de sangue, eu não sabia quanto tempo ela estava assim, mas creio eu que já deveria ter curado. Minhas mãos começam a coçar e a formigar, mas eu não ligo muito, eu só quero a tirar dali e ver os seus olhos castanhos novamente.
- Juliana! - Me agacho ao seu lado colocando sua cabeça no meu colo, começo a chacoalhar o seu tronco na tentativa de acordar a minha amada. Ela não reage, sua respiração está fraca e o sangue na sua testa não para de escorrer.
Faço força e pego a Juliana em meus braços, eu precisava tirar ela dali, coloquei ela deitada na cama e corri para a cozinha achar um pano ou alguma coisa que me ajudasse a estancar o sangue que estava saindo da testa dela. Volto para o quarto e me deparo com ela tentando abrir os olhos, me sento ao seu lado e com uma mão seguro na sua mão e com a outra coloco o pano no lado direito da sua cabeça, assim tentando conter o sangramento. Ela percebe que tiha mais alguém com ela e arregala os olhos, assim que me vê, uma lágrima cai de seu olho esquerdo, do lado oposto de onde eu estava segurando o pano azul.
- Juls... - Digo fraco, tinha que ter alguma razão pela qual ela estava fazendo isso, ela não é assim, ela odeia bebida, nunca briga com a sua mãe, e agora tomou mais de quatro garrafas e saiu de casa.
- Val... você não pode estar aqui. - Ela diz colocando a mão sobre a minha para tomar o pano.
- Juliana, o que aconteceu ? - Tiro as minhas duas mãos de seu corpo, dava para ver que ela não queria que eu a tocasse.
- Não aconteceu nada... - Ela abaixa a cabeça e consigo ver que mais duas lágrimas caíram.
- Não me parece que não aconteceu nada, você está sangrando igual uma condenada, o seu ferimento não está curando, você bebeu mais de quatro garrafas de mezcal sendo que você odeia beber, brigou com sua mãe e saiu de casa, não me parece que não aconteceu nada com você Juliana. - Ela arregala os olhos ao ver que eu sabia mais do que ela queria que eu soubesse.
- Briguei com Lupe e sai de casa, sou maior de idade e posso beber, não me parece que ocorreu algo de muito ruim, e os meus ferimentos não se curam quando eu estou bêbada, o meu organismo primeiro regenera o meu estado mental e depois o físico. - Ela fala como se não fosse nada, reviro meus olhos e me afasto mais da cama.
- Juliana você me ignorou a manha toda, não visualizou as minhas mensagens e nem atendeu minhas ligações. O que aconteceu ? - Vejo ela olhar para a sua mão, como se evitasse o meu olhar, tanto eu quanto ela sabemos que eu consigo saber quando ela está mentindo só de olhar para os seus olhos. - Você se arrependeu de ontem a noite ? - Falo com a voz tremula, e se realmente ela tivesse se arrependido, e se ela estivesse me ignorando por não querer me falar a verdade. Assim que eu falo, ela arregala os olhos e me olha, eu consigo ver no seu olhar, tristeza e magoa.
- Não... eu não... Val, vá embora... - Ela diz olhando para a sua mão de novo, finjo que essas palavras não quebraram o meu coração e me aproximo dela. Juliana vira o rosto como se tivesse vergonha que eu a visse chorando.
- Se você que eu vá realmente embora... - Eu coloco o dedo indicador em baixo do seu queixo e o viro para mim, assim por sua vez trazendo o seu olhar distante para mim também. - Você vai falar olhando nos meus olhos. - Eu conseguia ver a sua alma negando, ela não tinha forças para me dizer isso, ela não queria me dizer isso. Tem algo de errado e eu vou descobrir.
- Não complica Val...
- Juls, tem algo errado, você não é assim, você não é a Juliana que deixou um bilhete na minha cama hoje de manha, não é a Juliana que socou o meu namorado a uma noite atrás, não é a Juliana que pulou na minha frente para me proteger de uma facada do Chino... - Assim que eu falo "Chino" vejo o seu corpo enrijecer, era isso. - Juliana... O Chino tem algo a ver com tudo isso? - Ela olha para mim com os olhos lutando contra as lágrimas, como se fosse uma criança que estava com o maior medo.
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Nosso Amor Proibido - Juliantina/Barbarena
Romance... Pensei que nunca iria entregar meu coração com alguém. Eu, Valentina Carvajal, filha de um multimilionário, vi meu pai ser assassinado no dia do seu casamento,me entreguei ao álcool e por fim me enterrei num relacionamento destrutivo. Num belo d...