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Não, ele não pode achar que depois de duas semanas sem ele me falar vai-se aproveitar da minha curiosidade para ficar aqui com ele, ele não vai brincar mais com os meus sentimento, e eu tenho de saber para-lo.

“Não, eu não vou ficar” pego novamente nas chaves do meu carro caminhando para fora do quarto “Eu volto depois do jantar” consigo ver o seu sorriso a crescer mas rapidamente abandono o meu quarto.

Passaram-se dois meses depois de o conhecer, apenas dois meses e eu sinto-me completamente e estupidamente apaixonada por ele, pela sua faceta rude, ou pela sua faceta fofa que eu vi poucas vezes.

Não demoro muito a chegar a casa do meu pai, mas o Harry não me saí por momento algum do pensamento.

“Olá” cumprimento assim que entro em casa.

Felizmente não chamei o meu pai de pai no momento em que entrei, pois o Liam tinha de trazer a irmã do Harry sem me avisar, eu podia me ter descaído agora mesmo, idiota.

Todos eles me cumprimentam, mas o Liam ainda parece chateado comigo, não temos falado muito ultimamente, assumi que tinha estragado a sua conquista, felizmente não estraguei a relação deles, ou ela não estaria aqui.

A empregada serviu o jantar e todos permanecíamos num silêncio constrangedor.

“Eu e a Karen pensamos em passar o natal fora, que acham?” o meu pai perguntou.

“Odeio momentos de família” o Liam desabafou.

“Eu acho uma ótima ideia” sorriu.

“Eu fico por cá” o Liam diz.

“Ou vamos todos ou não vai nenhum” a Karen avisa.

“Ugh, porque é que tens de ser tão irritante” reviro os meus olhos.

“Para de te meter onde não és chamada” o Liam exclama friamente “Não és ninguém para opinar o quer que seja”

Ok, agora ele definitivamente magoou-me, deixo o meu garfo cair no meu prato quase vazio, levanto-me lentamente e forço um sorriso.

“Eu vou indo” informo.

Pego nas minhas coisas e rapidamente encontro o meu carro, a chuva começou novamente mas desta vez fraca, por isso dou uma pequena corrida até chegar ao meu carro.

“Desculpa Evelyne” ouço o Liam a dizer perto de mim.

“Tens de parar de me falar dessa forma” sugiro “Ou então explicas-me que merda te fiz.” Ela não me deixa entrar no carro pondo-se na frente da porta como o Harry fez anteriormente e eu reviro os meus olhos.

“Deve ser por seres minha meia irmã que não te suporto” ele sorri.

Eu deixo escapar um sorriso também, nós não somos meios irmãos mas tratamo-nos dessa forma, afinal temos tudo para o ser, país juntos e um irmão do nosso sangue.

“Eu não sabia que andavas com alguém quando te meti naquela situação” explico.

“Devia de ter dito, mas tu estavas realmente feliz não queria estragar o teu momento” ele sorri fracamente.

“De qualquer das maneiras foi um fim-de-semana de merda” reviro os meus olhos lembrando-me que não passei tempo algum com o Harry, e tive sorte em encontrar o Sandy que me fez companhia durante os dois dias em que eu e o Harry não nos falamos.

“Apenas para ti” ele ri.

“Não quero saber pormenores” sorriu.

Ele saí da frente da porta do meu carro deixando-me finalmente entrar, pisco-lhe o olho quase pronta para fechar a porta e ir embora.

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