[ eu escrevi a ouvir a música que está ali do lado ]
“Porque sei que amanhã vais acordar e não te vais lembrar que fui eu quem te ajudou” um sorriso cresce nos seus lábios e o meu desaparece, eu gostava de me lembrar deste Harry quando acordasse amanhã.
Eu fico a sentir-me péssima por esquecer que esta noite fez o Harry de coração mole revelar-se, amanhã eu vou acordar e odiar o Harry novamente.
“Que foi?” ele pergunta-me.
“Nada”
Eu tento levantar-me para ir para a minha cama e esquecer o dia de merda que tive, mas as minhas pernas falham e o Harry está lá para se assegurar que eu não vou dormir no chão dos balneários das raparigas.
“És ainda mais chata quando estás bêbada” ele ri e eu não consigo não gargalhar.
Ele tapa a minha boca e eu esqueço-me que já há imensas raparigas a dormir, dou-lhe a chave do meu quarto e ele abre a porta ele olha em direção à cama da Kyara e ele está da mesma forma de quando eu saí para a festa.
“Tu gostas dela?” eu pergunto-lhe revelando o meu lado curioso.
“Sim” ele revela-me com alguma tristeza.
“Mas ama-la?” eu pergunto-lhe.
“Não”
Ele só me está a revelar tudo isto porque sabe que amanhã eu vou acordar sem me lembrar do que se passou nesta longa noite.
“Eu não a mereço, ela é demasiado boa” ele desabafa assim que tira meus sapatos e me aconchega nos meus lençóis.
Eu tento dizer que ele tem razão mas acabo por adormecer, eu tenho quase a certeza que eu amanhã vou acordar lembrar-me o lado bom do Harry.
A minha mãe conduzia com a melhor das precauções enquanto falava com o meu pai através do telemóvel, eles faziam sempre isto quando a minha mãe me ia buscar à escola, eles discutiam assuntos da empresa o caminho todo.
“Mama” eu tentava chamar a sua atenção mas ela apenas levantava a sua mão para eu me manter calada.”Mama” eu falei mais alto.
“Evelyne não vês que estou ao telemóvel?” ela pergunta-me tirando os olhos da estrada.
“Eu só quero ver o Harold” eu choramingo e ele volta ao telemóvel.
Eu tiro o meu cinto e ponho as mãos no volante tirando a concentração da minha mãe do telemóvel ela grita, um grito de desespero.
“Oh meu deus” eu passo a minha mão pela minha testa completamente encharcada de suor e a Kyara tem os olhos sobre mim.
“Que foi?” ela perguntou-me.
“Eu não sei, eu sei que foi intenso mas não me recordo do pesadelo” eu digo-lhe assustada.
Eu tento lembrar-me mas nada vem, eu sempre acordei assustada mas desta vez foi bem mais intenso do que todas as outras vezes, talvez por estar bêbada.
Eu pego no meu pequeno caderno e escrevo algo sobre o meu dia de ontem, apenas sobre o que o meu pai me revelou ontem, pois eu não me lembro de mais nada depois de começar a beber.
Ainda estou com raiva do meu pai, aliás eu acho que nunca vou deixar de estar com raiva dele, o que ele me fez não foi correto e eu estou farta de estar do lado dele.
Quatro toques rápidos na porta fazem com que eu e a Kyara nos assustemos, ele abre a porta e vejo o cabelo loiro do Niall através dela.
“Niall” a Kyara sussurra de uma forma estranha e ele passa por ela dirigindo-se a mim.
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Obscure
FanfictionDurante nove anos fechada numa enorme casa, por causa de um incidente que leva à morte da sua mãe, ele perde o seu único amigo, ele perde a sua infância, ela perde tudo o que poderia sem bom para ela. Evelyne agora com 19 anos consegue finalmente en...