01.

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Todos em meu redor têm os seus respetivos pais presentes na sua chegada à universidade, enquanto eu chego de táxi sem o meu pai e sem a minha mãe, um vazio enorme que me preenche, uma dor forte no meu coração. Sinto-me literalmente sozinha e insegura do que estou a fazer.

Não tive um pai presente na minha vida, a minha mãe morreu num acidente por minha culpa e a partir desse dia eu fiquei sem ninguém na minha vida, sem o meu pai, sem a minha família, sem os meus amigos.

Lágrimas derramam pelo meu rosto enquanto o senhor do táxi me ajuda com as malas, limpo-as rapidamente e ajudo-o a tirar as últimas malas que se encontravam no cofre.

Tiro o dinheiro para dar ao senhor e ele despede-se de mim com um belo sorriso no rosto. “Boa sorte menina” ele fala e abandona o local num espaço de segundos.

Estou perdida num mundo que nunca conhecera, sem ninguém para me apoiar, sem ninguém para me aconselhar, estou sozinha novamente.

Finalmente chego ao numero da porta que a chave tinha ouço alguns barulhos vindo do quarto mas ignoro abrindo a porta, encontro por fim a rapariga que suponho ser a minha colega de quarto por cima de um rapaz do qual ainda não vejo a cara, eles iriam começar alguma coisa e eu não quero estar presente.

“Eu volto mais tarde” digo e ponho as minhas malas dentro do quarto rapidamente, eu preciso mesmo de dar uma volta no enorme campus onde me encontro.

No meio disto tudo, eu sou apenas uma pequena coisa insignificante que o seu pai escondeu por demonstrar um perigo para a sua carreira, que o sei pai ganhou vergonha por a sua filha de tão bom nome não se conseguir defender, por ser fraca.

Passou uma hora depois de eu ter saído do meu quarto, para lhes dar o tempo suficiente para acabarem de fazer o que eles queria, estou de volta ao meu quarto e ouço pequenos sussurros vindos do quarto. Desta vez não vou embora, quero arrumar as minhas coisas e por fim ir comer alguma coisa porque estou faminta.

Ignoro o facto de estarem ambos nus debaixo dos lençóis e não cumprimento nenhum deles, olho a tatuagem da rapariga no seu ombro direito um lindo pássaro e encontro os dois pássaros enormes no peito do rapaz, provavelmente decidiram fazer algo que demostre o seu belo amor, idiotas.

“Olá” a voz da rapariga soa mais perto do que imaginava.

“Oi” falo secamente de costas para ela.

Eu não sei como criar laços com alguém pois eu nunca tive ninguém, vive desde os meus dez anos fechada numa mansão completamente sozinha, nunca tive nenhum amigo, eu tinha e sofri durante três anos nas mãos de todos eles.

Ouço a porta a fechar atrás de mim e respiro de alivio por terem decidido embora, viro-me para colocar a roupa no pequeno armário por de trás de mim e encontro o rapaz com os seus lindos cachos espalhados pela almofada de olhos fechados provavelmente cansado. Admiro-o enquanto ele dorme e ele parece um verdadeiro anjo.

“Precisas de algo?” ele pergunta friamente e eu acordo dos meus pensamentos.

“Não” arrumo agora as minhas calças dentro de uma das gavetas “Acho que me podias dar um pouco de privacidade visto que está no meu quarto” cuspo e ele abre novamente seus olhos para me olhar, agora rindo de mim.

“Se queres despir-te estás a vontade, não vou olhar para ti de maneira nenhuma” ok, agora definitivamente ele ofendeu-me.

Fui sempre tratada desta forma, não tive ninguém no mundo que me elogia-se, que me trata-se como uma menina frágil deveria de ser tratada, gostava por fim de encontrar alguém que me desse a força que eu realmente preciso enquanto isso eu fico à espera sofrendo e esperando o tempo todo que alguém me leve finalmente para longe quebrando toda esta dor.

“Vou ter de sair eu?” pergunto-lhe sussurrando.

“Faz o que quiseres” ele diz não se importando minimamente.

Viro-me de costas para ele e limpo a lágrima que insistiu tanto em cair, respiro para que toda a dor vá para longe apenas por uns segundos. Agarro na minha mala de ombro e saiu do quarto rapidamente.

Os olhos azuis estão debruçados em mim, pena são o que eles realmente transmitem, ela aproxima-se um pouco e eu espero que ela não coloco sua mão perto de mim tentando dar-me apoio, não vai conseguir e só a raiva controla agora o meu corpo.

“Ele fez-te algo?” ela pergunta preocupada, ela é definitivamente boa pessoa mas não vou utiliza-la para descarregar a minha mágoa.

Ignoro-a e abandono o local, eu partiria algo se ficasse fechada em algum edifício.

Meu telemóvel toca no fundo da minha mala, é apenas uma mensagem e eu sei de quem é, pego-o finalmente e abro a curta mensagem do meu pai.

« tens o teu carro no estacionamento, tu saberás qual é. Beijos, pai xx »

Carro? Eu não quero nenhum carro seu estúpido, eu queria-te a ti, avisto o carro preto ainda deste ano, um mini cooper. Quando chego perto dele a minha reação é dar um pontapé para a minha dor por momentos desaparecer, impossível. Deixando uma marca visível na porta do lado do passageiro.

“Belo carro” ouço alguém dizer e sigo o belo sotaque.

“Ofereço-te” mando-lhe as chaves do carro e ando para procurar algo para comer rapidamente.

“Hey” ele grita e agarra no meu braço e eu afasto-o. “Calma” ele ergue a sua sobrancelha quando vê a minha reação.

Estou chateada com o meu pai, magoada e ele tem vindo a destruir-me ainda mais. Infelizmente descarreguei em alguém que não tem culpa nenhuma.

“Desculpa” lamento e aceito as chaves.

“Tens de te controlar um pouco mais” ele insulta-me mas eu ignoro assim que ele sorri.

“Eu sei” sorriu, aprecio seu rosto bonito e ainda mais seu gesto de me conseguir fazer pelo menos sorrir.

Aprecio seus braços cobertos de tatuagens, o que esconde o lado afetuoso e amável que ele tem. Vejo isso através dos seus olhos azuis brilhantes, do sorriso amigável que ele colocou no sorriso assim que me fez sorrir, e sinto-me literalmente agradecida por ele ter feito toda a minha raiva desaparecer.

“Obrigada …” espero que ele se apresente rapidamente.

“Niall” ele sorri.

Hey babes :)

espero que gostem do primeiro capitulo, sei que definitivamente não está nada de interessante, mas pelo menos mostra um pouco da sua revolta com a vida, através disso virão muito mais coisas.

Votem e principlamente comentem, para eu saber minimamente o que vocês estão a achar.

Kiss *

ObscureWhere stories live. Discover now