" Capitulo 07 "

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* Ariel Anderson

Depois de conversar com tia Rosana e ficar mais calma, resolvi voltar para a fazenda, mais antes fiz questão de tirar o anel de noivado que ele pediu e pedi tia Rosana para devolve-lo e entregar junto com a carta que lhe escrevi terminando tudo.

Maria estranhou minha volta mais cedo para a fazenda, já que disse que voltaria no final do dia seguinte. Mais dei uma desculpa qualquer e me tranquei no meu quarto, eu nunca bebi na vida, mais hoje estou pouco ligando para isso. Depois de três horas de bebedeira, escuto alguém bater na porta, quando tento me levantar sinto o quarto todo rodar e volto a sentar na cama, acho que consigo dizer um " Entre ", porque logo em seguida a porta se abre e Erick aparece. Não, um Erick não. Dois Eriks, com a testa franzida e me olhando estranho .

- Oi - falo embolado e do nada começo a soluçar.

- Você está bêbada? - pergunta enquanto fecha a porta atrás de si.

- Na... Não - mais um soluço sai quando respondo.

- Quanto você bebeu? - pergunta ao parar na minha frente.

Penso um pouco para responder, porque não faço ideia de quanto já bebi até agora.

- Só - soluço - Só um - soluço - Pouco - soluço e rio até cair para trás na cama.

- É, já vi que bebeu muito - diz avaliando a garrafa de vinho vazia, ao lado da cama, no chão - Vem, você precisa tomar um banho para passar esse porre todo, vou pedir a Maria para preparar um café bem forte para você.

- Não - digo quando ele tenta me fazer levantar.

- Anda vamos.

Ele tenta, até conseguir me levantar, firmo meus pés depois que a tontura passa, como ele está com as mãos na minha cintura, passo meus braços por seu pescoço, o abraçando, sei que ele está surpreso, pelo modo que seu corpo reagi.

- Você é tão cheiroso - digo passando meu nariz por seu pescoço e ele arrepia.

- Para com isso - ele pede, mais sua voz vacila um pouco.

Passo meus lábios por seu pescoço, puxo seus cabelos da nuca entre meus dedos, subo meus lábios por sua bochecha até chegar em sua boca, de início é só um encostar de lábios, mas quando mordo seu lábio inferior e isso parece acordar algo em Erick, porque logo ele está retribuindo e me beijando, como nunca fui beijada na vida, ele é duro e feroz.

Caímos na cama sem parar de nos beijar, enfio as mãos por dentro de sua camisa, passando a mão por suas costas largas e musculosas, puxo sua camisa por sua cabeça e a jogando pelo quarto e voltamos a nos beijar, seus lábios descem por meu maxilar até meu pescoço, onde ele deixa chupadas, tenho certeza que amanhã vai ficar roxo e to pouco ligando para isso.

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Acordo com o sol entrando pela fresta da janela, batendo na minha cara e um celular tocando pelo quarto e nao é o meu, eu nem curto rock, viro para o outro lado quando o celular para de tocar, e bato em algo duro e sólido, estranho. Abro os olhos devagar e o que vejo a seguir me deixa completamente em pânico.

Eu não acredito!.

Tento puxar na memória o que aconteceu ontem. Fui para a cidade, vi meu noivo, agora ex-noivo, beijando outra, voltei para a fazenda, bebedeira e acho que o senhor Erick apareceu e eu o agarrei.

Meu Deus, eu o agarrei, sou uma pevertida. Eu agarrei meu chefe, o meu patrão.

Pevertida! Pevertida!

Pevertida! Pevertida!.

Solto um gemido frustada e ele se remexe até acordar.

- Bom dia - sua voz é rouca por causa do sono, na verdade ela já é rouca, mais fica mais bonita quando acorda e isso me causa um friozinho na barriga.

- Bo... Bom dia - gaguejo ao responder.

- Como está se sentindo? - pergunta me olhando e me sinto envergonhada.

- A minha cabeça dói, meu corpo dói, terminei meu noivado de quase três anos, porque ele estava me traindo... É, eu estou ótima - respondo irônica.

O quarto fica em silêncio total e é um silêncio constrangedor, fiquei olhando para o teto por um tempo, até que ele resolveu quebrar.

- Se ele fez isso, ele não merecia você Ariel - meu nome saindo da boca dele, soou de uma forma tão encantadora e sexy e muito pecaminoso.

- Obrigada - agradeci de certa forma o elogio.

*** ***

Depois que Erick saiu do meu quarto, tomei um banho relaxante e um comprimido para dor, quando sai do banheiro já vestida, troquei a roupa de cama, onde tinha a prova da perda da minha virgindade. Quando cheguei na cozinha Maria estava sozinha, mexendo em algumas panelas, a cumprimentei e fui colocar café para mim.

- Tudo bem? Você está com uma carinha abatida? - pergunta preocupada, enquanto me serve um prato de panquecas recheadas, de carne moída com legumes, muito gostosa.

- Obrigada - agradeço - Estou de ressaca e meu corpo todo está doendo, mas não se preocupe já tomei remédio - respondo.

- Que bom - ela sorrir para mim e sorrio de volta para ela.

Ficamos conversando sobre vários assuntos nada a ver, a ajudei a preparar o almoço, quando Erick chegou para almoçar, ele me convidou para sentar na mesa com ele.

Pelo resto da tarde fiquei planejando as próximas aulas, da semana toda, tem alguns alunos atrasados e preciso fazer algo para eles acompanhar os outros nas aulas.

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 Estrela Solar Where stories live. Discover now