|Epílogo: Jantar nocivo|

165 22 29
                                    

|Epílogo: Jantar nocivo|

Um salão escuro e quente. Completamente vermelho, em vários tons diferentes. No teto havia um lustre preto e antigo, com fogo saindo dele, fogo vermelho vivo.

Mesmo sendo enorme, a luz que vinha do lustre era pouca, sendo assim, a maioria da iluminação do local era a das lareiras na parede. Que causavam um calor agonizante e projetavam a sombra dos móveis do cômodo na parede oposta.

Bem no meio, embaixo do lustre, havia uma enorme mesa de jantar, pelo menos trinta e dois lugares, quinze de um lado, quinze do outro, uma cadeira em uma ponta e outra cadeira em outra ponta.

Mesmo com tantos lugares, apenas um homem estava tendo sua refeição. Comendo em um prato de ouro, o desconhecido se portava como um rei.

Cabelos escuros e longos, presos em um rabo de cavalo baixo, sua pele era escura, um tom que lembrava cobre, refletindo a luz das chamas emitindo um pequeno brilho em si, seus olhos castanhos e perigosos, olhavam para tudo com ódio e tédio. Vestia um terno vinho, uma coroa negra e anéis em seus dedos. Ele sorriu quando uma senhora corcunda e olhos vesgos entrou. Anunciando um visitante.

– Mande-o entrar. – ele ordenou antes mesmo da senhora revelar o nome.

Após poucos segundos, outro homem entrou.

Uma figura conhecida, os cabelos pretos, olhos azuis, pele branca, nariz avantajado e sorriso sem mostrar os dentes. Constantine Skyson. Vivo.

– Vejo que pensou sobre minha ideia, meu lorde. – Constantine se ajoelhou, prestando reverência ao homem. Ele revirou os olhos. Entendiado com o caçador.

– Sim, eu pensei. Na verdade, estava quase a aceitando, porém os últimos acontecimentos levaram á algumas mudanças de minhas condições.

– Oh! Sim! É uma pena o que aconteceu com o senhor Azazel. Uma verdadeira tragédia.

– Eu não estou nem aí para ele. Ele apenas era um pião em meu plano, um pião que achava possuir a importância de um rei. Ele não é a razão de eu querer negociar mais uma vez.

– Então qual é, estrela da manhã?

– Irei permitir sua volta a terra, irá voltar a vida, a Capa, conquistará a confiança de todos novamente. A Corte será sua, para fazer o que quiser, mas eu quero algo em troca.

– Achei que minha alma fosse o suficiente, senhor... – ele tentou indagar, porém o olhar assustador do homem misterioso fez com que perdesse as palavras. – O que necessitar...

– Eu quero Jasmim Rivera. Viva. Para mim. Você irá me entrega-la. Antes de seu aniversário de vinte um anos. Você tem um longo tempo.

– Por quê?

– Sem mais perguntas! – bradou. – Já não acha que estou sendo misericordioso demais com você? Após tudo que fez? Me entregue Jasmim Rivera, essa é a sua missão.

– Sim, meu senhor.

E então Constantine Skyson se retirou. O homem sorriu levando o cálice dourado até sua boca e bebericando o vinho ali servido. Após fazer isso, se virou até uma das paredes. Onde uma mulher se encontrava acorrentada.

Mesmo suja, machucada e esquelética, era fácil de reconhecer de quem se tratava. A pele café com leite, os cabelos castanhos, os olhos avelã.

Verona, a bruxa que havia sido protegida de Lilith, hoje apenas uma prisioneira.

– Você, Lilith e todas as bruxas irão pagar. – ele falou se levantando. – Vão queimar por sua audácia e me trair de tal modo.

A mulher começou a chorar em desespero. Ele apenas sorriu mais, levantando seu queixo para que ela o olhasse nos olhos.

– Eu amo um reencontro familiar, e você?

You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: Mar 26 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

A Filha Do Caos - saga A Capa livro 1Where stories live. Discover now