|Capítulo VII: Má eu, boa eu|

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Preparado para desvendar o mundo que existe bem debaixo de nossos olhos?

Preparado para desvendar o mundo que existe bem debaixo de nossos olhos?

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Má Jasmim, Boa Jasmim. Lá vamos nós de novo.

Má Jasmim, Boa Jasmim. Perfure mais um pouco.

Má Jasmim, boa Jasmim. Quase nos pegou.

Má Jasmim, boa Jasmim. A onde está seu salvador?

A música mórbida era cantada pela alma de quinhentas crianças que o demônio havia matado e comido nos últimos vinte anos.

O demônio era como um bicho papão, se transformava em velhinhas bondosas que davam doces para atrair crianças de no máximo oito anos. As levava até o seu covil e as cozinhava vivas como ensopado.

Os espíritos das crianças, assombrados com a forma horrenda com que haviam sido mortos, serviam como escravos para o demônio, impedindo que visitantes indesejados invadissem o seu parque de diversões.

Bem, eu era uma visita indesejável.

Boa Jasmim, má Jasmim
Lá vamos nós de novo.

Boa Jasmim, má Jasmim
Irritante, matando e roubando.

Boa Jasmim, má Jasmim
Porque não enfiou a navalha em seu pescoço quando teve a oportunidade?

– Desculpe corrigir a cantoria de vocês... – Disse enquanto andava pelo parque de diversões abandonado. Com uma lanterna em uma mão e minha velha Hillstrong 1969 na outra. Uma espécie de nevoeiro se formava perto de meus lábios sempre que eu respirava, a razão era o frio que ficava cada vez mais forte, sinalizando que o monstro devia estar por perto. – mas eu sinto que a última parte não rimou.

– Eu conheço você, Jasmim Rivera. – A voz do demônio se fez presente. Ela obviamente era mais grossa e mais ameaçadora que as das crianças, mas para mim, ela não passava de uma espécie de bicho papão maldito e que logo estaria na minha coleção de cabeças.

– Conhece? Pois eu não lembro de você.

– Claro. – Sorriu o monstro chegando finalmente ao meu campo de visão. Um palhaço. Era isso que ele era? A merda de um palhaço? Sua pele era branca, seus lábios vermelhos com azul. Havia um desenho de lágrima abaixo de seu olho direito, seu sorriso era macabro com seus dentes quebrados ensanguentados. Sua roupa era a digna circense vintage branca com uma gola cheia de frufrus. Suas mãos finas e unhas longas afiadas. Era um monstro assustador para caralho. Menos para mim, é claro. – Eu lembro-me de você antes mesmo de sua cabeça infantil ter a capacidade de guardar memórias. Lembra do monstro do armário? Aquele que fazia você mijar toda maldita noite na cama, logo depois de todas as chicotadas que Constantine te dava, para você parar de ser uma criança chorona? Bem, pelo que eu vejo, você não mudou nada. Garota assombrada.

A Filha Do Caos - saga A Capa livro 1Where stories live. Discover now