| Capítulo II: Estranhos Acontecimentos |

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"Preparado para desvendar o mundo que existe em baixo de nossos olhos? "

"Preparado para desvendar o mundo que existe em baixo de nossos olhos? "

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Quando acordei, me encontrava em outrolugar.  Um salão vermelho. Em seu teto estava pendurado um lustre de cor preta que emitia uma luz azul que no fim ficava da mesma cor do candelabro.
Mais para o fundo, haviam dois tronos e na parede um símbolo parecido com o do signo de Áries em dourado.

Um cheiro de podridão invadiu minhas narinas, franzi o cenho, mas antes de reclamar de algo senti uma mão tocar em meu ombro.

Me virei e lá estava ele. Um homem alto estava a alguns centímetros de mim. Seu cabelo era ruivo e caia até o ombro, sua pele branca e seus olhos cianos, iguaizinhos aos meus. Ele me encarava, eu sentia que já o conhecia, mas não conseguia me lembrar. Seus olhos misturavam curiosidade com ódio.

Ele tinha a mesma energia destrutiva de Jasmim, a única diferença e que ele me causava não só medo e curiosidade, mas também um enorme cansaço. Sua mão se levantou, pousando em minha bochecha. Suspirei fundo e perguntei.

– Quem é você? – Minha pergunta saiu como um suspiro. Eu não tinha nem força para formar uma frase.

–  Você não precisa saber, não agora. Está destinada a grandes coisas, Luzianna Harper.

E em um piscar de olhos tudo ficou escuro.

Acordei  novamente, desta vez em um lugar diferente. Era uma sala bege, com alguns quadros de gatinhos em uma das paredes. Logo reconheço se tratar da enfermaria da escola. Tentei me levantar, mas uma pequena picada nas costas me fez voltar a deitar. Toquei em minha cabeça. A parte de trás dos meus olhos doía. Soltei um gemido ao massagear aquela parte.

Ouvi o barulho da porta sendo aberta. Levantei a cabeça e vi minha mãe. Ela ainda vestia seu uniforme de enfermeira, seus cabelos estavam presos em um coque bagunçado e em seu rosto a expressão de cansaço. Ela se sentou na cadeira de plástico que ficava do lado da maca em que eu estava deitada e me olhou preocupada.

– Oi... – Eu disse enquanto me sentava na maca. – Quem me trouxe aqui?

– Uma das alunas, ela te achou no banheiro e te trouxe para cá e ficou com você até eu chegar.

– Quem era a aluna? – Perguntei. Eu era uma aluna novata, séria difícil alguém querer me ajudar, naquela escola eles mal olhavam na minha cara.

– Jasmim Rivera.

Me surpreendi ao ouvir o nome da latina e mamãe deve ter percebido isso, pois logo completou.

– Conhece?

– Sim, nós temos algumas aulas juntas.

– Garota forte. – Começou mamãe, um tom de desdém raro em sua fala. – A enfermeira Joyce disse que ela te carregou até aqui.

Imaginar essa cena me fez rir. Jasmim era por volta de dez centímetros menor do que eu, e ela não tinha cara de ser tão forte, na verdade, ela era bem magra. Devia ter sido engraçado ver ela me carregar.

A Filha Do Caos - saga A Capa livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora