|Capítulo XIV: Primos Skyson|

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"Preparado para desvendar o mundo que existe em baixo de nossos olhos? "

Quando Miguel Skyson convidou Luzianna para um passeio pela Capa, a garota só tinha uma coisa em mente: achar uma maneira de o apagar e fugir dali o mais rápido possível

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Quando Miguel Skyson convidou Luzianna para um passeio pela Capa, a garota só tinha uma coisa em mente: achar uma maneira de o apagar e fugir dali o mais rápido possível. Porém, quando se viu diante um paraíso de livros e céu estrelado, a opinião dela mudou completamente.

– Essa é a biblioteca, uma das maiores de todo o mundo Angelical. Perdendo apenas para a da instituição do Vaticano e para a de Angelus.

Luzianna não respondeu a fala de Miguel, mesmo que sua língua coçasse para perguntar o que era Angelus e mais outras mil perguntas que rondavam sua mente. Ao invés disso, a jovem calmamente desceu os degraus de quartzo branco que separava a entrada da biblioteca da parte mais baixa, onde ficavam as mesas, livros e estantes. Não havia muita luz no local, apenas um lampião com sua chama ardente na terceira mesa do centro, onde alguns pergaminhos, livros e uma garrafa de Whisky pela metade descansavam. Percebendo a atenção de Luzianna para os escritos, Miguel pigarreou, chamando o olhar de Luzianna de volta.

– É um belo lugar. – Elogiou, tentando deixar sua voz o mais homogênea possível, para que Miguel não percebesse a vergonha em sua voz. Não havia motivo para ficar envergonhada. Luzianna comentou para si. Você apenas está sozinha com Miguel Skyson, que te olha como quisesse te matar. Na verdade, parece que todos aqui querem te matar. Completou em pensamento. O caçador desceu as escadas também, andando como um predador anda até sua presa, com o mesmo semblante maligno de Jasmim. Luzianna grunhiu, odiando o quão parecidos Miguel e Jasmim eram.

Tentando não encarar demais, Luzianna guiou seus olhos para a sala. Fazendo mentalmente uma narração da biblioteca, analisando desde as enormes estantes completamente recheadas de livros, que vinham do chão e chegavam até o teto, cobrindo as paredes a sua esquerda e a sua direita, com mais dois que começavam no meio do salão e terminavam no final. Aqueles eram um pouco menores, deviam ter uns cinco metros de altura. O chão era branco, quartzo branco, igual os dá escada, as mesas e sofás eram dispostos aleatoriamente, com acolchoados marrons e feitos de madeira e ouro. O que mais chamava atenção era o teto, a luz do sol nascente entrava por uma redoma, a aurora lembrou a Luzianna do mundo de fora, ele ainda existia, pessoas comuns viviam suas vidas comuns, um dia igual a outro. Sem nem fazerem ideia do mundo que existia bem debaixo de seus olhos.

Luzianna se sentiu ridícula por nunca ter questionado o porquê daquela vida comum a incomodar tanto, o porquê de sempre rir dos resultados que a polícia dava sobre casos paranormais que aconteciam pelo mundo.

Agora ela entendia o porquê de nunca ter se encaixado em escolas, nunca entender pessoas como Charlotte. Porque ela não era feita para uma vida como aquela. Ela não era uma pessoa comum.

Ela era uma caçadora. Seja lá o que fosse.

– Você está sentindo aquela sensação. Aquela de finalmente pertencer á algum lugar. – Miguel a tirou de seus pensamentos. Agora ele se encontrava ao seu lado, Luzianna franziu o nariz com o cheiro forte de álcool, havia se esquecido dele.

A Filha Do Caos - saga A Capa livro 1Where stories live. Discover now