Capítulo 37

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(Sem revisão)

ANA CLARA

— O que está dizendo? Como assim ela está no hospital? Saímos daí tem menos de trinta minutos e estava tudo bem. — estava no escritório de Nicolas fazendo trabalhos da faculdade quando recebo essa ligação aterrorizante.

— Vem para cá minha filha, aqui lhe explicarei. — posso sentir a derrota verberando por sua voz.

Algo está muito errado.

Extremamente errado.

Nicolas está na faculdade resolvendo alguns ajustes de sua demissão.

— Já estou indo pai. Em alguns minutos estarei aí. — Desligo e peço Uber e sigo para a portaria do prédio o mais rápido que posso.

— Preciso saber de Cecília Portella — digo ao chegar na recepção do hospital — Ela deu entrada aqui faz pouco tempo.

— Filha, estamos aqui... — antes que a moça consiga responder, meu pai saí de uma sala próxima e me abraça.

Seu corpo treme e percebo que algo de muito grave aconteceu.

— Pai, me fala o que está acontecendo. — sussurro baixinho.

—Estava tudo bem, mas recebemos uma visita inesperada e isso deixou sua mãe muito abalada —dizia entre soluços —Percebemos que ela não estava bem e viemos para o hospital o mais rápido possível, mas não adiantou... Perdemos nosso bebê Ana.

O MEU SENHOR

—Pai... sinto muito —sussurro ao abraça-lo ainda mais forte enquanto lágrimas deslizam por minha face.

É uma dor terrível, eles estavam tão felizes com o novo integrante da família, nós estávamos na verdade.

— Então você é a Ana Clara? — Me afasto do meu pai para olhar o dono da voz um pouco distante de nós.

— Sim, sou eu e quem é você? — indago passando o dorso na mão em meu rosto para secar as lágrimas.

O choque é muito grande.

— Bom, eu sou seu pai, o verdadeiro no caso — dou um passo para trás não acreditando no absurdo que saí da boca desse homem.

Ele só pode estar de brincadeira comigo.

— O senhor está errado, meu pai é este aqui bem na sua frente — aponto o dedo em riste para meu pai, Otávio — E agora estamos em um momento delicado, o senhor poderia parar de palhaçada?!

— É de provas que você precisa? — indaga com um sorriso contido — Porque se for, isso é fácil.

— Eu não quero saber de nada, o meu pai se chama Otávio e a minha mãe está em um cama de hospital então por favor, não brinque comigo — suspiro — Provavelmente você deve estar me confundindo com outra pessoa.

Vou até meu pai OTÁVIO e digo que preciso beber uma água e saio sem olhar para trás.

No caminho decido ligar para Nick.

— Amor? Tudo bem? — ele atende no segundo toque com a voz preocupada.

— Oi, estou bem Nick, você está quase saindo? — Tento manter a calma e segurar as lágrimas para não preocupa-lo.

— Daqui meia hora eu saio, tudo bem mesmo paixão? Você parece estar chorando. Aconteceu alguma coisa?

Desse ponto em diante minha calma desce para o ralo e minhas lágrimas descem livremente por minha face.

Conjugando o verbo Amar - [RETA FINAL]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora