Capítulo 24

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Oie gente? 

Estão surpresa(o)s né? kkkk 

Entao, consegui terminar hoje e trouxe quentinho para vcs. 

Boa leitura. 

Se encontrarem possíveis erros, sorry.

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(Sem revisão)

Eu não escolhi ser assim!

Será que ninguém entende que eu não queria ter nascido GORDA.

Lágrimas de raiva e humilhação rolam por minha face. Isso não é justo. Nada é justo.

Nunca fui tão humilhada em toda a minha vida.

Por que os seres humanos são assim?

Por que aquela mulher tratou-me tão mal? Eu apenas não vi quando esbarrei nela e fui a mais educada possível.

Choro copiosamente encostada em uma das cabines do banheiro feminino. Minhas pernas cedem e sinto apenas o solavanco do meu corpo entrando em contato com o chão bruscamente.

Sento-me no chão imundo e junto meus joelhos para depois abraça-los buscando apoio em mim mesma. Em algo que eu possa encostar minha cabeça e chorar até não houver mais lágrimas para acumular em meus olhos.

Aquela mulher é horrível. Ela conseguiu tocar em minha ferida mais profunda.

– Olá! Tem alguém aqui? – uma voz conhecida se faz presente. Fico na minha, não quero ver ou falar com ninguém.

Todos provavelmente devem estar rindo de mim lá fora. O shopping inteiro presenciou a cena humilhante em que passei.

– Ana? Eu sei que você está em uma dessas cabines – Jamille murmura verificando todas as outras restantes e para na que estou usando.

– Não quero sair daqui agora – sussurro.

– Eu vou esmurrar essa porta até ela quebrar se você não abrir.

– Qual a parte do "não quero sair daqui agora" você não entendeu! – exclamo irritada enquanto limpo violentamente minha face com as costas da mão.

– E qual a parte do "eu vou esmurrar essa porta até ela quebrar" você não entendeu? – exclama igualmente irritada.

– Eu sei o que aconteceu Ana. Não precisa se isolar em um banheiro imundo para aplacar a raiva, agonia, raiva de novo, angústia, a raiva mais uma vez e finalmente o sentimento de impotência e principalmente da humilhação. Eu já passei por isso. – murmura mais calma.

Eu nunca vou conseguir enfrentar minha aversão de mim mesma. Da minha gordura.

– Eu quero sumir, desaparecer desse mundo – sussurro almejando a morte.

– Nunca mais diga isso Ana Clara Portella de Freitas – sua voz esganiçada revela sua revolta – abra essa porta agora.

Resolvo abrir de uma vez. É bem capaz de ela quebrar a porta mesmo.

– Satisfeita? – pergunto ao abrir a porta.

Seu olhar percorrer meu corpo de cima a baixo e quando chegar a meu rosto, suas mãos vão até sua boca e vejo seus olhos brilharem. Ela está se segurando para não chorar.

Não vejo pena em seu olhar, nem nada disso. Vejo uma nítida preocupação.

– Meu Deus Ana, você está horrível – inesperadamente ela me abraça apertado e eu retribuo. Eu preciso de um abraço e sei que ela me entende.

Conjugando o verbo Amar - [RETA FINAL]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora