Capítulo VI

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Oi, anjos! Gostava de saber o que acham da história! 😘

POV Jimin

O dia estava a abraçar-me de forma calorosa, com o calor das mantas a envolver-me numa sensação familiar, há muito esquecida. O sol brilhava naquela manhã, arrancando um sorriso dos meus lábios ainda mesmo antes de abrir os olhos. Como era bom conseguir acordar numa sensação tão boa de bem-estar.

- Bom dia, Jimin.

Abri os olhos em tempo recorde. Fiquei a olhar para o senhor Jeon a sentar-se ao pé de mim, a mão a aproximar-se do meu rosto para o acariciar com dedos mais suaves do que esperava. Os seus dedos cheiravam a creme. Não havia como ficar surpreendido, a última coisa de que me lembrava tinha sido o nosso momento... Nem queria pensar nisso. Onde é que tinha dormido? Desviei o olhar e vi que o outro lado da cama estava desarrumado. Não era preciso ser um génio para saber exactamente onde tinha dormido.

- Dormiu aqui.

- Sim, meu querido, adormeceste mesmo na hora que mais te queria disperto. Dormiste bem? - Estava a perguntar se tinha dormido bem? Sentei-me na cama, sem palavras. Por que é que tinha de usar aquele tom de voz, quando sabia perfeitamente quem era? - Fiz uma pergunta.

- Dormi. - Respondi finalmente contra vontade. - Devia de ter ido para casa, não sei o que aconteceu comigo ontem, mas não vai voltar a acontecer. Preciso que vá embora.

- Eu acho que sabes muito bem o que se passou, não preciso que o verbalizes mas sim que aceites. Pensa sobre a razão pela qual eu te excito tanto, bebé. - Bebé? Qual bebé? Já não podia ouvir mais a sua voz e ainda era de manhã! Revirei os olhos. - Vou-te buscar à biblioteca para irmos almoçar, prometi ontem. 

- A minha hora de almoço é curta e gostava que a pudesse aproveitar em paz. - E sozinho, sem companhia, isolado da sociedade.

- Paz. Define paz, anjo. Paz pode ser o que sentiste quando me puxaste para dormir contigo, quando deitaste a tua cabeça no meu peito. Todo o teu corpo ficou mole. O que é a paz? 

- A paz...  - Não, não iria controlar a minha boca. - A paz, senhor Jeon, é o que não tenta fomentar no seu dia-a-dia. Trás terror e não paz a centenas de pessoas, como me pergunta o que é a paz, quando suja as suas mãos de sangue? Talvez tenha delirado ontem à noite, imaginado outra pessoa.

- E que pessoa seria essa? Que nome é que murmuraste a noite toda? É que esse nome foi o meu. Tens o pequeno almoço em cima da mesa, tem o resto de uma boa manhã. Estarei a aguardar ansiosamente pelo nosso almoço.

Surreal. Seria tudo sorreal? O que é que andava a fazer à minha vida? A uma velocidade de lebre fui tomar banho, vestir e comer as panquecas que deixou preparadas. Tinha demasiada fome e estava atrasado para o trabalho, para sequer reclamar. Mas o pior foi quando ouvi o meu telemóvel tocar e vi o número da minha mãe. 

- Omma.

- Jimin, quando é que pensavas dar novidades? Quando é que pensavas dizer que estavas desempregado, foi o tempo de ir de viagem com o teu pai! - Aí estava o sermão de meia noite. - Onde é que estás? 

- Estou a trabalhar numa biblioteca, mãe. Tenho uma nova casa, está tudo a correr bem, não é o fim do mundo. 

- Como é que um dia vais casar e ter filhos?

- Mãe! Eu sou gay, não posso ter filhos! 

- Eu sei querido, não preciso que me digas isso, mas podes sempre adoptar. Filho tu precisas de alguém, urgentemente. Tenho de te apresentar ao filho de uma amiga minha. Ele chama-se Wonho, vais adorar conhecê-lo. Que o teu pai não ouça mas tem uns bracos, uns músculos... Está decidido, este fim de semana vou marcar um jantar com ele para ti. Tenho saudades, bolinho.

Dangerous LoveWhere stories live. Discover now