Dangerous Love 2 - Capítulo II

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Fiquei mais de um minuto a encarar, estático e sem reação, os dois homens à minha frente. Nenhum de nós os três disse ou fez alguma coisa no entretanto, era como se o tempo tivesse parado ali, congelado por uns momentos. Claro que eu sabia que um dia eles viriam atrás de mim e, pelos vistos, esse dia tinha chegado. Só não esperava vê-los juntos, como se não fossem inimigos mortais a querer-se destruir mutuamente. Os seus rostos eram sérios e sombrios, de tal maneira que pensei seriamente em fugir dali o mais rapidamente possível. Talvez tivesse sido a coisa mais acertada a fazer. Eles estavam com olheiras profundas, lábios gretados e faces muito pálidas. Ainda assim, conservavam a mesma beleza de sempre.

- Jimin... - O Jungkook foi o primeiro a falar, mas ao contrário do que era habitual, a sua voz era desprovida de confiança. O Taehyung também não parava de encarar o chão. - Nós viemos em paz.

- A paz não combina com vocês os dois.

- Tens toda a razão em estar zangado connosco, afinal fizemos coisas horríveis. - Já era tarde para se arrependerem, mas ainda assim decidi ouvir o que tinham para dizer, cruzando os braços. O Taehyung continuava em silêncio. - Nós lamentamos imenso o que aconteceu. Decidimos conversar os dois e resolver as divergências que nos separavam. Estamos aqui, porque queremos ser merecedores do teu amor.

- Achavam que era só dizer algumas palavras bonitas e acabou, eu perdoava tudo?

- Nós estamos arrependidos. - Foi a primeira vez que o Taehyung falou, sério e olhando no fundo dos meus olhos. Engoli em seco. - Por favor, dá-nos uma oportunidade.

- Uma oportunidade com prazo de validade? Não, obrigado.

Foi assim que entrei no meu apartamento, fechei a porta e encostei-me à mesma. Embora tivesse custado muito, eu não podia dar o braço a torcer tão cedo. Nada me garantia que tinham mudado verdadeira e definitivamente. Eles acabaram por ir embora alguns minutos depois, deixando para trás um ramo de flores campestre e uma caixa de chocolates belgas. Ainda que o meu coração tenha amolecido com o gesto, mantive a firmeza. Claro que agarrei nos presentes e levei-os para dentro de casa, sempre a espreitar, não fossem eles voltar atrás. Cansado, fui tomar banho e vestir o meu pijama. No segundo em que acabei de preparar o meu jantar, recebi uma mensagem de um número bem conhecido: do Jin hyung. 

"Soube que estás em Busan

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"Soube que estás em Busan. Que tal marcarmos um almoço? Precisamos de falar."

"A minha hora de almoço é das 13 às 14 horas. Há um restaurante bastante bom, perto da empresa do Wonho, onde estou a trabalhar."

"Fica combinado. Tenho saudades tuas, Jimin."

"Eu também, hyung." 

Quando acordei no outro dia de manhã, estava cheio de energia e vontade de ir trabalhar. Como eu sentia saudades dessa liberdade... Depois de me espreguiçar, vesti umas calças formais azuis escuras e uma camisa branca. Penteei os meus cabelos rebeldes e lavei os dentes. Uma vez pronto, bebi um bom café expresso e agarrei na minha mala, pronto para ir embora. Cheguei à empresa uns minutos antes da minha hora. Apressei-me a ir fazer um café preto e sem açúcar para o Wonho, ele devia de chegar entretanto. Nada me preparou para o que os meus olhos viram. Assim que abri a porta, deparei-me com o Wonho e o senhor Hyungwon aos beijos na secretária. Deixei cair o café no meio do chão imaculado, totalmente em choque. Os dois assustaram-se, separando-se de imediato.

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