Capítulo 25

1 1 0
                                    


Nolan e Ian se infiltraram em um galpão, vestindo os uniformes dos trabalhadores, com os crachás falsificados que tinham preparado na noite anterior. Eram sete da manhã e o chefe ainda não havia chegado. Foi um trabalho complicado de se completar, dado que todo o alimento era supervisionado a todo o momento.

Enquanto Ian tentava distrair alguns dos trabalhadores, Nolan tratava de derrubar uma boa quantidade de um veneno para ratos no molho de queijo que seria misturado ao macarrão que alimentaria toda a divisão 'A' da cadeia. Aquela quantidade não mataria ninguém, mas era o suficiente para mandar qualquer um para o hospital. Apesar de quase ser pego, sucedeu. Saíram antes que fossem pegos.

Assistiram ao caminhão deixar a distribuidora e o seguiram. Às 11h30, Ian estava roendo as unhas à espera do almoço. Às 12h25, algumas ambulâncias já soavam distantes. "Deu certo.". Ligou o carro e observou alguns dos presos serem retirados.

Logan, após uma pratada de macarrão com queijo, um dos pratos menos piores de todas as opções fornecidas, foi um dos últimos a ser levado para a ambulância.

— Fácil como roubar doce de uma criança. - Comentou Ian.

— Diga por você. Não foi nada fácil falsificar esses códigos nos crachás da distribuidora.

"Para o Hospital Acer não, para o Hospital Acer não.". Ian rezava enquanto seguia a ambulância. Se Alana o visse lá e com a barba falsa, seria um pesadelo. Mas, para sua sorte, a ambulância seguiu para outro hospital.

A infecção no esôfago dos detentos foi profunda. Logan só saiu da UTI para um quarto isolado às 18h. Ian aguardava na sala de espera, com sua barba falsa já presa ao rosto. Assim que Nolan informou o número do quarto, o rapaz entrou no elevador com mais três pessoas e foi tranquilamente a caminho de matar Logan.

O quarto estava sendo segurado por um policial e mais dois seguranças. Ian disfarçou desviando o caminho.

— Que droga.

Andou por alguns corredores e entrou por uma porta restrita. Caçou uniformes e vestiu ligeiramente. O tecido das roupas dos internos o pinicou um pouco, mas nada que lhe incomodasse. Colocou uma seringa e uma agulha no bolso do jaleco. Saiu da pequena sala escura com uma expressão vaga e seguiu diretamente para o quarto de Logan. Passou pelos seguranças e pelo policial, os cumprimentou com um sorriso e um aceno de cabeça e entrou de forma natural, fechou a porta e, enquanto Logan ainda estava desapercebido em sua cama, Ian buscou pela campainha de leito e a colocou fora do alcance do homem, o que chamou sua atenção.

Logan, assim que bateu os olhos em Ian, soube, instintivamente, que era ele o assassino de Harold e Peter. O tal Robin Hood. Seus olhos arregalaram negros de medo. Seu coração disparou, mas a sensação era de ter parado, pois todo seu corpo paralisou, congelado.

— Olá, Logan. - Cumprimentou-o com um sorriso. - Você não vai querer gritar, porque sabe quem sou e sabe que será pior. Certo?

Logan respondeu com uma piscada lenta. Engoliu seco e continuou encarando Ian.

— Eu não vou matar você, tem policiais ali fora, e não quero confusão. - Mentiu.

— Por quê está fazendo isso? O que lhe fizemos?

— Eu vou contar, para que você vá em paz quando eu acabar com a sua raça. Creio que se lembre de um cara chamado Vincent.

Os olhos de Logan caíram buscando Vincent em sua memória. Boquiaberto, assentiu.

— Vincent Hergie? Como? Ele... Está vivo?

— Acho que o cara lá de cima acredita na Carmen. Tudo que vai...

O Fim Do InvernoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora