Capítulo 7

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O Canadá estava mais frio do que o esperado, suas roupas não foram suficientes para trazer conforto. Vincent comprou-lhes casacos no aeroporto antes de seguirem direto para um hotel mediano onde ficariam até que conseguisse uma casa decente para o filho e outra para si.

Após escolherem o imóvel, Ian tratou de ir com Angelina até a escola do bairro fazer a matrícula da menina, que estava bem animada, mas, ao mesmo tempo, nervosa.

Aliviado pela casa escolhida ser grande e mobiliada, o salvando um bom tempo.

— Você precisa procurar um emprego de fachada. - Vincent determinou. - Algo que não lhe ocupe muito tempo e com um bom salário. Mas não quero você infiltrado no governo.

Seria o plano perfeito se ele se infiltrasse, porém, o medo de Vincent de que Ian se aproximasse de seu pai biológico uma vez que estivesse lá dentro, era maior.

Vincent manteve-se muito bem informado sobre os cinco traidores que acabaram com sua vida. 28 anos depois do assalto ao escritório do governador, os assaltantes construíram uma ótima vida, cresceram nos negócios e, pelos registros que ele mantinha de todos, a corrupção não parava. 28 anos que ele teve para organizar sua vingança. Angelina não fazia parte dos planos, mas ele conseguira administrar tudo muito bem.

HAROLD SHAW

O primeiro da lista de Vincent. O menos beneficiado dos cinco e, ainda assim, acima de qualquer cidadão privilegiado. Era presidente do melhor hospital do estado, nenhum outro possuía melhores profissionais, nada acontecia sem seu consentimento. Harold tinha um filho e uma filha, "Provavelmente já devem ter a idade de Ian.". Mas, mesmo tendo o respeito de todos e uma imagem impecável, continuava a roubar do próprio hospital. Sua percentagem de crédito, em vez de permanecer estável, crescia cada vez mais todo mês. "Onde será que ele esconde esse dinheiro?". Na época em que Vincent ainda fazia parte daquela gangue, Harold mantinha sua distância, sentia que sabia mais do homem agora do que quando se conheciam de fato. Seu jeito agressivo e fechado afastava qualquer um. E hoje estava no topo da cadeia alimentar. Sorrindo para todas as câmeras como uma estrela de cinema.

PETER SIMPSON

O segundo dos traidores. Peter tornara-se banqueiro. Como se tivesse a inteligência necessária. Não, ele não tinha, mas ele tinha Marvin, que o colocara lá dentro e promoveu seu cargo até o dia em que conseguiu roubar dinheiro o suficiente dos investidores para botar o chefe contra a parede sobre o sumiço de toda a grana e comprar as duas partes dos irmãos sócios da rede de banco mais rica de Quebec. Estava casado e, para a felicidade de Vincent, sem filhos. Era tão mais fácil pensar em matar alguém quando não tinha filhos para se preocupar. Apesar de que a herança com a qual eles ficariam seria um bom consolo.

LOGAN COOPER

O benfeitor. O investidor. Sempre colaborando com pequenas empresas e ganhando uma fortuna em cima disso. De onde ele tirava o dinheiro para investir? Ninguém sabe, mas o retorno continuava crescendo cada vez mais. Logan era o menos arrogante dos cinco. Fora amigo de Vincent. "Como ele se atreveu?". Veste uma máscara de bom moço todos os dias. Vincent era o único que não acreditava no homem, apesar da amizade que tiveram, ele o traíra também, sem pestanejar. "Se fosse uma situação contrária, eu nunca deixaria esse tipo de coisa acontecer com você. Desgraçado.". E realmente não deixaria, mas agora Logan pagaria como os outros.

LEWIS MCFADDEN

Lewis era um homem letrado. Após assaltar o governador, realizou seu sonho de ter um diploma. Comprou o maior shopping da cidade. Era dono da empresa que o controla e toda manhã estava lá sentado em sua cadeira presidencial, dando ordens e mais ordens. Até dez anos atrás, os acionistas sabiam que o shopping estava sendo roubado todo mês, e procuraram pela fonte por um bom tempo, "não é difícil descobrir que esse crápula estava enfiando tudo na cueca.", mas desde então, não havia mais registros de roubo algum, como se ele conseguisse fazer tudo tão perfeitamente bem que apagava qualquer possibilidade de roubos. Lewis não era casado, mas tinha três filhos. Seria uma herança gorda para cada um. Ele era o que mais acumulava renda bruta mensalmente, nos relatórios um valor estável dava impressão de que de fato era honesto. "Você pode ser inteligente, mas tenho registros muito antigos de suas falcatruas.". Uma foto dele e Marvin dando um aperto de mãos na entrada do shopping em sua nova inauguração rodava pela internet. E a internet tinha o poder, sempre que Lewis saía, levava o filho mais novo para que paparazzis não chegassem muito perto, "o miserável nem tem vergonha de expor os filhos.".

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