Cap. 59 - Último capítulo

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— Eu anotei tudo num papel para não esquecer mas acabei perdendo ele — todos dão risada, inclusive eu. — Não sou bom com as palavras mas vou tentar. Minha vida sempre foi tão conturbada e confusa, você sabe desde que entrou nela — risos. — Mas apesar de tudo, eu viveria toda ela de novo para te ter agora ao meu lado vivendo esse momento tão especial que é para mim. Eu te agradeço por ter me concedido Maia Andrade Sampaio como filha, mesmo que não de sangue. Te agradeço por cada momento ao seu lado. Porque toda vez que você me pergunta se algum vestido ficou bom, eu não tenho escolha a não ser dizer que você está maravilhosa — sorrio. — Adoro seu jeitinho único de ser. Toda vez que não te vejo é uma cor a menos aos meus olhos. A cada vez que a gente briga me parte o coração. Um dia sem você seria muito nesse mundão. E eu sempre me pergunto porque não te conheci antes. Provavelmente as coisas deveriam ter sido assim, aliás, Deus é perfeito. A partir do momento que seu destino foi se cruzar com o meu, me senti o cara mais sortudo do mundo. Não importa se noivamos sem ao menos ter namorado antes, ou se a nossa primeira aliança foi com quatro meses de noivado antes do pedido oficial — sorrio outra vez, arrancando um sorriso lindo de seus lábios. — Bens materiais não me interessam. Não me interessa se vamos ter a casa dos sonhos, se vamos ser bem sucedidos ou vamos passar por perrengues, com você ao meu lado eu sou capaz de tudo. Juntos somos mais fortes, e vamos vencer qualquer obstáculo. Eu te amo, Sarah, minha eterna noivinha e perita.

Meu sorriso era bobo, ainda depois que todos se levantaram e bateram palmas, gritando e comemorando. A perita só sabia derramar mais e mais lágrimas, fiquei até mais aliviado por ela ter gostado de minhas palavras, por mais que eu tenha falado nada com nada o tempo todo.

A daminha de honra entrou junto com Miguel, o pajem, para a entrega das alianças. Ela era minha priminha de cinco anos de idade. Isabela. Estava linda, assim como a noiva. O raminho de flores era igual o de Sarah, de rosas vermelhas. O vestido era a mini réplica do da minha mulher. E... bom, Miguel estava magnífico. Parecia a miniatura do pai. Eu nunca tinha o visto daquele jeito, todo engravatado, feito um hominho de negócios. Sorrio e me emociono mais ainda com essa cena.

— Valeu, priminha — pisco para ela, que sorriu, toda envergonhada. — Valeu, carinha — faço um toque com Miguel e rimos.

Os dois se afastaram, ficando ao lado da minha mãe, então seguro a almofadinha com as alianças, esperando as últimos palavras da cerimonialista até que possamos trocar as alianças.

— As alianças são símbolos físicos do compromisso de um casal e de sua ligação emocional e espiritual. Elas são consideradas um círculo perfeito, sem começo nem fim.

Sarah Andrade e Cadu Sampaio, que estes anéis sejam um lembrete visível de seus sentimentos um pelo outro neste momento. Ao olhar para eles, lembrem-se que vocês têm alguém especial com quem compartilhar suas vidas. Lembrem-se de que vocês se encontraram um ao outro e um no outro, e de que nunca mais andarão sozinhos. 

Cadu: Sarah Andrade, eu te dou esta aliança como sinal de que escolhi você para ser minha esposa e minha melhor amiga. Receba-a e saiba que eu te amo — coloco a aliança em seu dedo sem deixar de sorrir o tempo inteiro.

Sarah: Cadu Sampaio, eu te dou esta aliança como sinal de que eu escolhi você para ser meu esposo e meu melhor amigo. Receba-a e saiba que eu te amo — a mesma coloca a aliança em meu dedo, ainda sorrindo brilhantemente.

A mulher disse algumas palavras religiosas bonitas para simbolizar o nosso amor.

— Sarah e Cadu, ninguém além de vocês mesmos detém o poder de proclamá-los esposo e esposa. 

Mais algumas palavras legais foram ditas e...

— Eu os declaro, marido e mulher. Pode beijar a noiva! — Ela sorri como uma afirmação. 

Meu Caveira (Concluído)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora