Cap. 42

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A campanhia toca. Por um minuto eu pensei que ela tivesse me ligado na porta da minha casa para dar o bote. Mas...

— Sarah?! — Dou meu melhor sorriso.

— Bom, que eu saiba era aqui o meu ponto de destino às três da tarde, né? — Ela finge checar o número da casa de novo.

— Para de ser boba. Você está encharcada, entre.

Acabamos soltando algumas gargalhadas baixas. Segurei em sua cintura, encarando seus olhos escuros. Eu já estava com tanta saudade dela.

— Estava com saudades de mim?

O sorriso imenso que ela abriu me delirou.

— Como adivinhou?

— Ah, eu tenho os meus dons — risos.

Imediatamente eu já me vi colando meus lábios aos seus. De volta a sensação boa. Tivemos que ser rápidos, já que havia pessoas esperando por nós. Fechei a porta e voltei para a sala, mas, agora, com a Perita.

— Pessoal, essa é a Sarah. Sarah, essa é minha irmã, Thaíssa, e esses são meus melhores amigos, Mirella e Luís.

Mirella e Luís acenaram, sorrindo de orelha a orelha. Thaíssa e Sarah se cumprimentaram com um abraço apertado, como se tivessem se visto a um tempo, já. Começaram a falar de assuntos que eu nem conhecia, me deixando como uma interrogação.

— Nunca pensei que estaria vendo essa cena — risos.

— Desde o ensino médio, né? — Thaíssa questiona para a amiga.

— Sim.

— Por que não me falou que a pessoa que você estava ficando era o Cadu? — Ela, fingindo estar raivosa, pergunta.

— Porque até então você nunca tinha me dito que tinha um irmão gato assim — mostra língua e ri.

— Meu Deus, me tornei um objeto de valor — balanço a cabeça negativamente.

— Que isso, maninho, amamos você.

— Sei... Nossa, você ainda está ensopada — risos. — Já volto.

Caminhei até a lavanderia, que ficava dentro de casa mesmo, e peguei uma toalha branca que fica a disposição de alguém novo.

— Aqui está.

Envolvo a mesma na noivinha e recebo um sorriso sincero em troca.

— Que tal um filme? — Thaíssa se levanta do sofá animada.

— Bom, por mim... — assinto.

— Por mim também.

Decidimos colocar um filme de ação qualquer disponível na internet.

— É mentira — risos. — Um policial não faz isso em situações como essa.

...

— Cara, eu estou dizendo, não tem como fazer isso com uma criança e uma mãe em momentos assim.

...

— Mas...

— CHEGA! Não dá para assistir filme de ação policial com um policial — Thaíssa começa a rir de desespero.

— Ué, eu só estou dizendo.

— Tudo bem, meu amor, mas no filme tudo muda — risos.

— Vamos tirar uma foto? — Mudo de assunto.

— Claro — Luís responde de imediato.

Assim que entrei na câmera do celular e posicionei o mesmo a frente do corpo para sair todos nós juntos...

Meu Caveira (Concluído)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora