Capítulo 4

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~Quatro anos depois~

- Para Harry! Nós vamos assistir Harry Potter e ponto. Agora me ajuda a preparar a pipoca.

- Te odiaria se você não fosse minha melhor amiga.

- Também te adoro, Barbie Boy.

Quatro anos se passaram e lá estávamos eu e Harry na minha casa, as oito da manhã, discutindo por qual filme iriamos assistir: ele queria Diário de uma Paixão e eu, claro, Harry Potter. Como sempre — ou quase —, eu ganhei. (PERDEU PLAYBOY!)

Saí da sala em direção à cozinha com Harry logo atrás de mim. Quando chegamos, precisava pegar o pacote de pipoca no armário que, infelizmente, ficava a uns 30 centímetros acima da minha mão esticada e dos meus pulos de formiga.

Maldita gravidade.

Enquanto eu parecia uma gaivota manca presa numa rede de pesca, pude reparar dois olhos verdes me encarando e rindo. "Ah, mas você enxerga pelas costas Georgia?" Sim, e eu também sou o Perry o Ornitorrinco disfarçado de uma garota pra descobrir o segredo dos humanos. Palmas pra você.

- Está rindo do que, Bozo?

- De você, baixinha — respondeu. Ah claro, lembre-me da minha altura. Ou a falta dela. — Por que não pediu que eu pegasse a pipoca? Sou muito mais alto que você.

- Nem esquenta, algum dia eu vou ser maior que você. Agora pega essa pipoca pra mim? — pedi, simplesmente. Sei que nunca vou ser maior que ele, mas não podia ficar por baixo né... NÃO ME JULGUE!

Ele pegou a pipoca sem ao menos fazer esforço.

Exibido.

Coloquei o pacote no micro-ondas e em três minutos estará tudo pronto.

Dirigi-me até a geladeira a procura do refrigerante enquanto Harry arrumava o DVD.

Quando estava tudo pronto, arrumei-me no sofá ao lado do Harry enquanto ele dava play no filme. Ok, tudo certo, mas por que sinto que tem algo faltando? Pensa Georgia, pensa... AI MEU ZEUS!

- PARA TUDO! DÁ PAUSE! PAUSA ISSO! — gritei, vendo Harry cobrir os ouvidos e pausar o filme.

- O que foi sua doida?! — ele exclamou com uma expressão um tanto difícil de decifrar. Talvez ele realmente ache que eu sou doida.

- Esqueci-me de pegar a varinha e a capa de Hogwarts... — exclamei ao passo que subia as escadas em direção ao meu quarto.

Chegando lá, peguei tudo que era necessário, então desci em direção a sala de volta. Ele vai querer me matar. Mas deixa, hoje é um dia especial.

- Pronta, madame? — sarcasmo, a gente se vê por aqui.

- Cala a boca e assiste o filme — revirei os olhos.

Passadas duas horas de filme, muita pipoca e uma Georgia quase tendo um ataque de glicose por causa do refrigerante, fomos até o quintal de trás da casa.

- Sabe, Harry Potter com doze anos já enfrentava o Basilisco, salvava a irmã do melhor amigo, descobria uma lendária câmara secreta, ouvia vozes, conversava com um diário e ia parar numa outra dimensão que mostrava o seu amigo Hagrid sustentando uma aranha que cresceria e teria filhos que tentariam o devorar depois de alguns anos enquanto nós dois passamos nossa manhã num sofá vendo TV e comendo pipoca até nosso estomago sair dos nossos corpos e começarem a nos estapear — Harry falou isso tão rápido e tão sério que eu não sabia se ria ou o encarava perplexa por esse menino ter prestado a atenção no filme.

- E o que você sugere, sabichão? — é, eu acabei rindo.

- Que você comece a me chamar de Potter.

the best song ever.Where stories live. Discover now