the best song ever.

Capítulo 1

-Filha! Já arrumou as malas?!

- JÁ ESTÃO PRONTAS, MÃE!

Então, hoje é o dia. Estaremos nos mudando para a Inglaterra nessa madrugada. Se estou ansiosa? Não tanto quanto uma garotinha de oito anos pode ficar ao saber que estará deixando seu país de origem para morar no outro lado do oceano. Ou seja, sim, estou completamente ansiosa. Passei parte da minha infância no Brasil, falando português e desde os quatro anos fazendo curso de inglês. Digamos apenas que essa promoção que o meu pai recebeu no ramo ortodôntico já vinha sendo especulada desde que ele passou a trabalhar para uma franquia mundial. E agora descubro que vou passar a outra parte da minha vida falando inglês com pessoas completamente estranhas e com costumes diferentes.

Maravilha. Isso era tudo o que eu precisava.

Vesti minhas roupas mais confortáveis, que era um conjunto de moletom preto e rosa. Dei uma olhada no espelho: cabelos loiros presos em uma trança, olhos cinzentos brilhando de nervosismo, bochechas coradas como de costume.

Procurei por meu relógio e... 00:30?! Nosso voo sairá em duas horas! Sabe o que isso significa? COCHILO DE CINCO MINUTOS!!

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-Ok, Georgia, mantenha a calma.

Peguei minha bagagem de mão para conferir se estava tudo ali - escova de cabelo? Ok. Barrinhas de cereal, cookies, água... Cadê meu travesseiro?

- MANHÊ! CADÊ MEU TRAVESSEIRO?

- JÁ PEGUEI! - minha mãe respondeu no mesmo tom que o meu. 

Dei uma última olhada no meu quarto. Vou sentir falta das paredes rosa claro, o lustre no teto, o autorretrato que eu e minhas amigas fizemos na parede (longa história)... AS MINHAS AMIGAS! Vou sentir muita falta delas... Mas minha mãe vive dizendo que "eu vou fazer novas amizades bem rápido". O jeito é manter a esperança e seja o que o universo quiser.

- NÓS VAMOS PERDER O AVIÃO, ANDA LOGO!

Peguei minha mala e fui até o lado de fora do meu quarto. Fechei a porta com cuidado. Desci as escadas, encontrando meus pais e minha irmã mais velha na porta.

Mamãe vestia com um conjunto de moletom preto e tênis da Nike, tendo seu cabelo castanho escuro preso em um rabo de cavalo. Meu pai vestia uma calça jeans folgada e uma camisa social, vindo em conjunto de um casaco e sapatos sociais. Minha irmã, Anna, estava como sempre: calças jeans tão justas quanto se permitia, blusa rosa simples, casaco social preto e coturno preto tendo seu cabelo loiro solto e um laço no topo de sua cabeça. Com 12 anos na cara e mostrando o real significado de pré-adolescente.

- Ugh, quanto ainda vai demorar?! - perguntou. Ela nunca gostou de esperar. Nem pra nascer, inclusive. Mamãe deu a luz a quando Anna estava no sétimo mês de gestação.

- Já estamos saíndo. - mamãe respondeu - Agora me ajude a fechar as janelas.

Saímos da casa e fomos para o aeroporto, que ficava na cidade ao lado. Esperamos apenas uns bons minutos e, então, embarcamos.

É isso. É hora do adeus.

E alguns minutos depois, o território brasileiro já estava fora do meu campo de visão.

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Oii

Esse capitulo ficou bem pequeno, mas é só uma introdução da história da Georgia.

Espero que estejam gostando e se não estiverem, continuem lendo pois tenho certeza que vão passar a gostar. Ou não. Sei lá.

Enfim.

Até o proximo capitulo!! XX