A carta.

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Querida Liz,

Não sei ao certo se você se lembra de mim, ou de tudo aqui, mas lhe digo: tudo aquilo foi real! Bom, primeiro tenho que lhe falar o que ouve de certo, talvez, não sei, você pense ou as pessoas tem tentado colocar em sua cabeça que tudo não passou de uma ilusão ou coisa assim.

Você deve se lembrar do fatídico dia em que lhe falei que não podias mais voltar, que se insistíssimos mais nessa história, poderia haver consequências inimaginável, infelizmente estavas certo, mas talvez ocorreu uma das piores consequências: o seu esquecimento.

Ninguém se lembras de você, talvez você tenhas vivido nesse tempo, mas foi como se ninguém que você conhece lhe conhecesse, como que para nós você não tenhas existido.

Você deve está se perguntando como me lembro de você, já que ninguém se lembra, bom, um belo dia estava andando em casa e vi algo estranho em um quarto, quando entrei e me deparei com suas coisas, acabei me lembrando de você, e liguei todos os fatos.

Resolvi não falar a ninguém sobre você, me perdoe se não fiz o que a sua pessoa queria, apenas pensei que não deverias fazer eles sofrerem e tenho certeza que se falasse, todos iriam querer lhe trazer de volta e não é tão bom ficar mechendo no tempo assim.

Estou escrevendo essa carta em minha partida, sim, estou indo embora com Helena para sua terra natal, mas antes de ir, apenas queria escrever para você e lhe contar como estão todos, irei fechar essa carta e apenas você irá abrir, mandarei minha família lhe entregar nos seus 22 anos, acho que não seria tão certo chegar uma carta assim após alguns meses de sua chegada.

Como um velho cientista, eu calculei tudo.

Bom, Diogo e Sara estão juntos, acho que algumas coisas não mudaram com sua partida, sempre vejo eles passeando na praça como um casal, um dia escutei que Diogo está pensando em a pedir em casamento, não me chame de fofoqueiro, apenas ouvi e quero lhe deixar informada.

Marta está da mesma forma, mas acho que ela não será a solteira do grupo de vocês, nesses dias, estou a vendo com um menino, acho que um ano mais velho que ela, ele se chama Henrique e talvez Marta arranje um namorado logo, e seu irmão está quase para matá-lo, deve ser difícil para ele entender que sua irmãzinha cresceu. Samantha nunca mais foi vista, talvez ela nem volte mais.

Ben... ele está bem, não esta com nenhuma pretendente não se preocupe, ele apenas veio com uma conversa estranha a alguns dias atrás. Estávamos em um café conversando sobre o trabalho, e ele acabou me perguntando se alguma vez me senti estranho, como se algo faltasse em sua vida, e eu dei uma idéia: Falei para ele tentar imaginar uma pessoa, qualquer pessoa, e tentasse escrever para ela.

Imaginei eu que essa pessoa seria você, e eu estava certo, quando ele descreveu a pessoa de sua imaginação, ele me descreveu você, em todos os detalhes, até a sua personalidade, devo concordar que o amor de vocês é muito forte, pois mesmo que ele não se lembre e que ele pense que vocês não viveram nada juntos, ele ainda assim consegue a imaginar. Eu dei a ideia para ele escrever uma carta, talvez assim esse sentimento iria embora.

Depois dele ter escrito aquela carta, o mesmo acabou me entregando, falando que de alguma forma eu faria algo bom com ela, eu acabei não a lendo, e ela está nesse envelope, leia ela depois da minha, pois acho que a minha é maior.

Bom Liz, nesse exato momento estou indo embora, e estou prestes a fechar essa carta, mas antes, quero de alguma forma me despedir direito de você, pois não tive esse tempo: Liz, quero lhe agradecer por tudo, você foi e sempre será alguém especial para mim, você conseguiu trazer alegria para minha casa, coisa que não tinha a bastante tempo, você se tornou minha família, você até se tornou minha sobrinha favorita. Bom, espero eu que você seja sempre assim, que onde você passar, deixe um pouco mais feliz o lugar. Lhe desejo tudo de bom.

                              Com carinho e amor, seu tio

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Love in time Where stories live. Discover now