O destino nunca pareceu estar do lado de Izuku. Criado desde pequeno como um alfa lúpus, todos a sua volta tinham muitas expectativas quanto ao seu futuro brilhante. No entanto ele assistiu sua vida, planos e família se esfacelarem diante de seus ol...
Eu amei tanto cada comentário e ideia, vocês não tem noção de quanto fiquei feliz por ver vocês interagirem daquele jeito, me emocionou demais. Obrigada por fazer essa autora feliz, amores, de coração. Não vou revelar qual ideia adotei, mas posso adiantar que resolvi pegar um tiquinho de cada.
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Imoral.
Sujo.
Manipulador.
Descarado.
As vozes ecoavam na mente de Izuku com asco, frias e indócis. Ele queria mandá-las se calar, gritar que parassem de atormentá-lo, mas não poderia, afinal sabia que eram apenas fruto de sua imaginação, criadas por seu subconsciente em frangalhos.
Mesmo assim ele sentia o peso das falsas acusações sobre si, o que lhe tirava a capacidade de pensar e o obrigava indiretamente a absorve-las como verdade.
Por isso pediu ajuda ao alfa que prontamente o cercou de cuidados, retirando-o do recinto sob o olhar atento e invejoso de muitos outros ômegas e alfas, afinal ambos por serem lúpus eram visados e desejados pela maioria.
Izuku não negou a atenção, tampouco rejeitou-a por estar sendo observado de maneira tão vil, sentindo as energias negativas de cada olhar ali o oprimir. Suas pernas estavam fracas e mal podiam suster o corpo, fazendo-o tropeçar algumas vezes antes que o alfa decidisse que carregá-lo no colo seria uma opção mais viável e segura.
— Não se preocupe, eu vou cuidar de você — Shoto disse com uma voz tranquilizadora, abrindo a porta com um leve empurrão de pé, caminhando com ele até a enfermaria onde foram atendidos imediatamente.
— O que houve com ele? — A enfermeira gentilmente pôs a mão em sua testa, verificando sua temperatura — Céus, está suando frio... provavelmente descontrolado. Coloque-o na cama e me explique o que houve para ele ficar assim.
— Estávamos no seminário e ele começou a suar, ficou pálido e me pediu para tirá-lo de lá. Depois simplesmente emudeceu e começou a tremer.
— Parece que ele está tendo algum tipo de surto nervoso — ponderou, examinando as pupilas dele — Mesmo sendo beta até eu posso sentir o descontrole de feromônios de ambos, é pesado e inconveniente, então tente se conter um pouco rapaz, vocês são lúpus, a presença e assinatura aromática de ambos é forte demais para arriscar — enxugou as lágrimas que desciam dos olhos do ômega que parecia paralisado em toda sua agonia, sem conseguir fazer mais do que emitir alguns breves resmungos — Querido, eu preciso que tente se acalmar, está desestabilizando o seu sistema de defesa, sobrecarregando seu organismo com essa descarga de hormônios — preparava uma seringa, enchendo-a com a substância de uma ampola de cor âmbar.
— O que é isso? — o alfa questionou preocupado.
— Apenas um sedativo para ajudá-lo a se manter calmo misturado a um supressor e ... — parou a meio caminho, antes de espetar o braço do ômega, como se tivesse sido atingida por um esclarecimento repentino — ... só um momento. Você é o alfa dele, certo? Preciso saber se já dividiram algum cio juntos, antes de aplicar o remédio.
