Reencontro

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OLÁ AMORES! ESTAMOS DE VOLTA A NOSSA PROGRAMAÇÃO NORMAL! 

Já peço desculpas de antemão porque acabei de escrever esse capítulo e como sei que estão esperando há muito tempo, vou lançar sem revisar mesmo. Só espero que não tenha ficado bugado. 

Havia sido uma discussão feia, com direito a gritos histéricos e descontrole

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Havia sido uma discussão feia, com direito a gritos histéricos e descontrole. 

Tudo o que Izuku menos precisava naquele momento era estar frente a frente com o pai que o abandonou, tendo que lidar com sua maldita teimosia e mania de controle. Quando criança temia-o, evitando ficar próximo por não conseguir lidar com o tremor que o atingia sempre que se aproximava. Contudo, mesmo sendo ausente por causa do trabalho, ele ainda mantinha-o por perto. 

Isso até a puberdade do filho. 

Na adolescência sofreu com o desinteresse dele, a falta de amor e empatia. Uma época confusa da qual não gostava de se lembrar. Agora, mantinha-se no limiar, sem se importar, ignorando sua existência assim como ele o fazia, tentando não se magoar. 

Mas ele havia voltado, como uma maldita assombração para lhe atormentar, com aquele mesmo olhar mesquinho, como quem encara uma criatura repulsiva. Izuku que já estava transtornado com todas aquelas sensações estranhas perdeu de vez a compostura, tendo quase avançado com a intenção de feri-lo. A equipe médica se mobilizou, o levando para o quarto e o acalmando com mais sedativos enquanto levavam o alfa para longe. 

Ele tentou lutar, desejando não adormecer, sentindo necessidade de resolver as pendências com o pai, mas não durou muito contra os calmantes, fechando os olhos quase instantaneamente.

Foi como mergulhar no oceano mais profundo, recheado de pesadelos. Para onde olhasse se via envolto em trevas, desgarrado, sentindo o corpo se arrepiar a cada brisa. Haviam experimentado tantas emoções em um espaço tão curto de tempo que sequer era capaz de fazer distinção do que acontecia ao seu redor, como se o corpo se tornasse entorpecido. 

De repente sentiu algo estalando sob os pés, primeiramente como se pisasse em pequenas bolhas, antes de sentir a aspereza da areia, depois o som de ondas arrebentando ao longe e o aroma inconfundível da maresia, bem como o toque gélido do ar noturno. Aos poucos os sentidos retornaram, dando-lhe a impressão de que estava em uma praia, antes de desaparecerem por completo, como que tragadas por uma força superior, lançando-o mais uma vez no vazio, frio, sem som, aroma ou imagem alguma. 

Tão incômodo e confuso. 

Mais uma vez o aroma da maresia, trazendo outro cheiro junto. Uma assinatura familiar que o impeliu a abrir os olhos.

Para sua surpresa e incompreensão, viu-se de pé em meio a praia, ainda trajando o pijama hospitalar que, para a sua alegria, estava totalmente fechado, cobrindo sua seminudez. Sequer fazia ideia de como havia ido parar ali, com os pensamentos atordoados. 

Novamente o cheiro, e dessa vez o reconheceu prontamente, despertando-o por completo. 

Caminhou, buscando-o, até perceber a figura ajoelhada em meio a areia. Antes que pudesse ao menos processar, estava correndo em direção a ele, sentindo a necessidade urgente de acalmá-lo, como se sofressem em consonância. Mesmo sem entender o porquê ele estava ali na praia, irritado e choroso, como um infeliz abandonado. 

AlvorecerWhere stories live. Discover now