Apatia

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Olá amorzíneos, eis-me de volta com mais um capítulo dessa ficlícia para vocês. Obrigada pelo carinho, comentários e estrelinhas! Vocês são formidáveis!

Izuku era uma confusão de sentimentos incompreensíveis que o deixavam atordoado

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Izuku era uma confusão de sentimentos incompreensíveis que o deixavam atordoado. Enquanto sua mente dizia que ele não deveria estar se sentindo mal, seu corpo e sentimentos apontavam o contrário. Era doloroso e confuso, porque ao mesmo tempo em que ele entendia a necessidade de se afastar do alfa algo em si gritava para que ele permanecesse ao seu lado.

A despeito de tudo, as lágrimas seguiam caindo em um ritmo acelerado, tirando-lhe o ar e o sufocando, e o coração ardia cheio de mágoa e pesar enquanto ele revivia, segundo após segundo, aquela cena que parecia gravada em seu subconsciente.

Sentia dor e precisava externá-la.

Em seu desespero e ansiedade sentiu a pele coçar e arder, e ao tentar se aliviar do incomodo causado pela coceira acabou se machucando sem se importar com as feridas deixadas pelas garras, salientes por seu descontrole hormonal. Ao final de alguns minutos tinha o braço dolorido e cheio de hematomas que tentou esconder com o uso de alguns esparadrapos. Sentia a essência da mãe do outro lado da porta do quarto, ciente de que estava preocupada consigo, mas não queria enfrentá-la, nem a ninguém. Desejava apenas que aquele maldito sentimento doloroso passasse e o deixasse em paz.

Maldito dia em que seus olhos cruzaram com os dele, em que trocaram as primeiras palavras. Shoto estava sendo sua perdição, perturbando sua mente mesmo a distância, magoando-o sem nem mesmo tentar.

(...)

O choque que tomou ao perder o controle foi doloroso o suficiente para lhe tirar as forças dos músculos que cederam ante seu peso. Himiko Toga estava ao seu lado, rindo de seu descontrole momentâneo enquanto lambia os lábios sujos do sangue que lhe arrancou durante aquele intenso beijo violento que roubou para poder testá-lo.

— Parece que ainda não está cem por cento no controle, Shotinho. — concluiu com um tom de voz meigo e falsamente preocupado, arrastando propositalmente a última silába para irritá-lo.

— Ainda não, mas estarei. — tentou se recompor arfando. Os nervos formigavam tensos pela descarga elétrica recebida, ainda se contorcendo com pequenos espasmos. Tinha que manter o foco para não tomar outro choque ao liberar mais hormônios. — Não precisava me beijar, os testes não incluíam isso, permitiam apenas toques simples.

— Precisava sim, não percebe? Havia um ômega olhando para você o tempo todo e eu queria que ele soubesse que está comigo — disse tranquilamente pulando ao seu redor animada como uma criança em dia de festa. O som de sua risada era estridente e irritante, tão aguda que feria os sensíveis ouvidos do alfa.

No fundo, Shoto quis se estapear por ter quase certeza de que, muito provavelmente, o ômega ao qual ela se referia era Izuku, afinal sentira a maravilhosa essência dele o enebriando, mesmo camuflada e isso o fazia se sentir péssimo, um verdadeiro lixo. Ele deveria estar achando que era um calhorda insensível e mesquinho.

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