Dez longos dias se passaram tão lentos como uma noite de inverno. Eu tentava ao máximo não me encher de esperanças e não me iludir com nada, nesse período as chuvas castigaram algumas fazendas e estávamos dando suporte, então hoje eu teria que ir na casa de dona Margarida antes de ir na escola, levar suprimentos para ela.
- Liv, preciso que leve Gabriel e Josh para a escola por mim, tenho que ir na fazenda ver dona Margarida antes de ir para lá.
- Tudo bem mamãe, a senhora sabe que o pastor chega de hoje para amanhã?
- Filha eu penso que com tanta chuva que houve tenha algum atraso na estrada e não seja certo o esperar hoje.
- Mãe eles vão chegar em paz, tio Thiago e papai.
- Eu sei Josh, eu só gosto de pensar que talvez não aconteça pois diminui a ansiedade.
- Vem Josh vamos buscar o Gab. - Liv diz me olhando feio e sinto que fui um balde de água fria.
Saio de casa nas pressas levando algumas toalhas limpas e uns mantimentos e ainda bem que agora temos nossa própria carroça, não iria dar conta desse peso a pé. Chego na fazenda, faço o que tenho que fazer e subo na carroça para ir para a escola, quando vou chegando perto vejo o Thiago na frente conversando com dois irmãos e não me contenho grito:
- Thiago! - desço nas pressas para ir até ele e ele apenas olha para mim e olha em direção a outro ponto, quando me viro vejo a coisa mais maravilhosa do mundo.
- Jack?! - saio correndo ao seu encontro e o abraço sem nem imaginar que talvez ele esteja machucado. Eu só quero o abraçar.
- Débora! - ele diz ao meu ouvido. - Cheguei a pensar que talvez nunca mais lhe visse.
- Oh Jack! Seus filhos nunca desanimaram. Sempre acreditaram que você estava vivo. No fundo eu também, mas foi tão difícil. - foi aí que percebi que ambos estavam chorando.
- Estou bem amor, cheguei a beirar a morte, mas vocês três me deram força mesmo distante.
Fomos abraçados por todos no caminho da escola até a lanchonete, todo mundo queria ver e tocar ele para ter certeza que ele estaria mesmo vivo.
Quando chegamos na lanchonete, estavam todas as crianças lá, foi muita emoção reunida, pois eles choravam e riam e gritavam agradecendo a Deus. Eu fiquei assistindo tudo de longe muito emocionada e grata a Deus por tudo.
- Vamos dar uma festa intitulada Deus é Deus. - Thiago disse e todos vibraram. - Vai ser em praça pública como uma grande cruzada, porém essa vai ser em gratidão e não evangelismo.
- É perfeito amor. - Claudia diz o abraçando. - Você é o maior marido do mundo. - ela o beija com carinho.
- Todos vocês são os melhores. Eu sonhava com a hora de estar aqui de volta. - Jack disse.
- Papai na tribo você ficava nu? - Josh perguntou tirando risos de todos.
- Não sei quando estava desacordado que foram quase três meses, mas quando pude me levantar eu sempre ficava vestido filho.
- Legal ficar numa tribo não é pai?
- Sim é legal, mas é melhor estar aqui. - ele diz e me abraça.
- Então vamos organizar a festa? - Claudia pergunta as crianças.
Eu e Jack vamos para casa, ele precisava de um banho e descansar um pouco. Eu não queria desgrudar dele um minuto, deitamos naquela tarde e ficamos conversando sobre tudo que passamos longe um do outro e de como Deus cuidou de todos nós. Eu amo esse Deus mais que tudo!
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Deus é Deus
ДуховныеLivro 11 Débora Moura uma jovem que não mede esforços para apregoar a palavra de Deus. Ainda jovem, foi escolhida pra uma missão de fé e coragem, destemida e acreditando no Deus que serve ela não duvida do que tem que fazer, assume o papel que Deus...