Capítulo 25 : Só duas perguntas e algo de errado acontecendo.

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Surpresa e admiração. Arregalo meus olhos com o que vejo, andando lentamente mais para dentro.

A caverna azul é média e sua parte superior rochosa é iluminada de uma forma tão bonita capaz de deixar qualquer um boquiaberto igual a mim.

Seu teto rochoso na coloração azul parecem ondas pelo reflexo da pequena maré por baixo dela e que se encontra a minha frente no seu centro.

Uma espécie maré não muito grande mas com aguas iluminadas numa espécie de azul brilhante se estende no solo e do outro lado tem outra entrada maior parecida com a que me permitiu estar aqui mas essa é diferente.

Posso notar uma praia do outro lado pela entrada, e a água de mar é conectada com a da maré, fundindo o azul ciano com um mais escuro.

— Alissa — Posso escutar meu nome sair enrolado dos lábios de Dylan e o calor da sua voz de soar perto de meu ouvido a trás de mim — Bem vinda ao meu local favorito.

Sinto sua mão tocar meu braço por cima do tecido de meu moletom trazendo a energia de seu toque até meu corpo.

Sem dizer nada o observo enquanto começa a tira a jaqueta, é a primeira vez que o vou ver sem ela. É a primeira vez que o vou ver sem nada que cobre seus braços na verdade.

Me viro e encaro ele com cuidado, meus olhos fitam seu corpo com cuidado e admiração.

Posso ver algumas tatuagens que percorrem por seu braço direito a maioria são umas letras que não consigo identificar e alguns desenhos aleatórios.

— Desculpa ter deixado você sozinha — ele me olha com seriedade e se aproxima — Você deve meio que me odiar agora.

Subo meus olhos de seu corpo até seus olhos, eles estão mais claros que antes. Agora sua coloração é mais clara, me lembra brilhante mel quase dourado ao se misturarem com o reflexo da água de lago.

— O ódio é um sentimento traiçoeiro — Posso notar uma elevação de seus lábios no canto direito — Pode fazer mais mal a quem odeia do que a quem é odiado.

— Então você não me odeia?

— Eu não odeio ninguém — Sou sincera e o olho com certa curiosidade — E você odeia alguém?

Ele hesita por alguns segundos e me encara sem muita emoção encolhendo os ombros largos.

— Isso vai te custar mais uma pergunta — Ele avisa sorrindo curto.

— Eu sei — Digo curiosa.

— Sim.

Ele que tira a camiseta branca pela cabeça desarrumado seus cabelos escuros, deixando sua pele do abdômen exposta, as mesmas ondas do teto estão agora refletindo nos seu corpo o deixando mais bonito que o normal.

Ele olha para mim com um sorrisinho irónico, enquanto desabotoa as calças fazendo minhas bochechas queimarem em sequência.

Me esforço ao máximo para não olhar para a forma como os músculos das costas dele se movimentam quando ele se baixa para as puxar.

— O que você está fazendo ? — Arregalo os olhos quando ele avança na minha direção só de sua cueca boxer, fazendo meu coração falhar uma batida quando ele me olha com malícia.

— Não vou nadar com roupa — Ele sorri e se inclina batendo sua respiração no meu pescoço para deixar as roupas ao meu lado — Você deveria fazer o mesmo.

— Eu vou ficar só olhando — declaro quando ele se afasta — E por favor não insiste em me fazer entrar aí.

Não me importo de nadar, mas isso implicaria eu ter que tirar minha roupa na frente dele e é justamente isso que não vai acontecer.

— E porque não? — Aqui é seguro você não precisa se preocupar — É só tirar a roupa de cima para não molhar.

— Não sei aí pode ter sei lá tubarões e aqueles outros animais grandes que tem tentáculos gigantes.

Posso estar sendo muito idiota fazendo isso mas não me importo, só preciso convencê-lo a me deixar ficar no solo.

Ele assente e sorri indo em direção a água. Algo ainda me incomoda ele pensou mesmo que eu iria tirar todas as minhas roupas e nadar normalmente com ele?

Meu estômago se revira num giro de trezentos e sessenta só de imaginar estar nua na água com Dylan. E por um segundo chego até a me odiar por não ter coragem de aceitar seu convite.

— Se você mudar de ideia é só entrar — Ele entra na água deixando ela envolver seu corpo e fazer um contraste perfeito com sua pele branca.

A possibilidade de eu estar ali com ele vem até minha cabeça novamente. O que é que ele está fazendo comigo? Eu nunca, nunca mesmo tive este tipo de pensamentos antes.

Me sento em uma rocha o observando nadar com calma, os desenhos em seus braços chamam minha atenção, a forma como escritas em tinta preta se misturam com eles é fascinante aos meu olhos.

Meu desenho favorito até agora é uma bússola e dois pássaros delicados parecendo fugir de algo que não sei o que é.

Desvio o olhar e fico pensativa sobre que letras são aquelas, sei que já vi em algum lugar Mas ainda não sei onde, elas parecem querer dizer algo e o desejo de querer decifrar cada letra começa a me consumir.

Volto meu olhar para a água mas lá ele não está, não tem nada além da água cristalina e transparente da maré, simplesmente a água, sem nenhum som, sem nenhum movimento e o mais preocupante sem nenhum Dylan.

Calma Alissa, fica calma e age como uma pessoa normal...

Caramba eu não consigo! Eu sabia que isso era perigoso eu avisei, ele sumiu, é minha culpa. A essa altura eu estava sozinha, sem sinal de um outro som além de meu coração que bate apressado.

Algo de errado está acontecendo.

Perfect collision [Degustação]Where stories live. Discover now