Capítulo 34

3K 378 281
                                    

Leiam o aviso/desabafo no fim. Por favor. Boa leitura para vocês 😍❤

Escuto uma agitação e murmuro irritada, odeio que me acordem. Os gritos que me acordaram, ficam mais fáceis de entender.

- A Mérida ta namorando - E meus irmãos juntos e como em um coro, ficam repetindo isso.

Sinto um peso em minha barriga e levanto um pouco a cabeça, olhando para baixo. Agora eu entendo o motivo da agitação deles. Gabriel esta com a cabeça em minha barriga. Lembro que de madrugada, acordei e ele estava vidrado no filme, eu deitei no sofá e deixei só minhas pernas sobre as dele. Agora ele esta deitado em minha barriga, mas pelo jeito, ele estava deitado encostado no sofá e caiu pro meu lado, resultando nisso. O garoto nem parece ouvir meus irmãos, pois continua em sono profundo, deve ser por ter ficado acordado até tão tarde.

A zoação começa a me irritar e pego uma almofada, tacando com tudo no Hamish, fazendo ele cair com tudo no chão e começar a chorar. Fecho os olhos e coloco o braço sobre eles. Um, dois, três...

- O que aconteceu aqui? - A voz do meu pai se faz presente no ambiente. Respiro fundo e por isso, Gabriel começa a se mexer e acordar.

- Acorda, bela adormecida - Impulsivamente coloco a mão em seu cabelo, droga, parece tão sedoso e macio. Meu pai limpa a garganta e afasto a mão, o Gabriel senta ainda meio confuso e o Hamish levanta com um sorriso no rosto. Traiçoeiro. Ele finge chorar novamente.

- Pai, ela me bateu, por causa do namorado - Faz biquinho - Eles estavam dormindo juntos - Cruza os braços e começo a rir da encenação. Péssimo teatro.

- Eu sei - Meu pai fala irritado e cruza os braços, como se tivesse sido repreendido antes. Acho que minha mãe tem parte nisso.

- Ninguém está namorando - Minha mãe entra na sala. Pronto, a família toda aqui, me julgando - O café está pronto - Os meninos saem correndo gritando de felicidade e meu pai continua emburrado.

- Eu vou embora - Gabriel fica de pé e olho para ele, suplicando para ficar. Vai me deixar sozinha, na caverna dos ursos. Muito bonito.

- Não, você vai tomar café conosco - Minha mãe diz, vindo até o lado dele.

- Vai? Já não basta dormir aqui? - Meu pai pergunta confuso e minha mãe ri, mas passa por nós, puxando o Gabriel em direção a escada.

- Na segunda porta a direita do corredor, tem o banheiro dos meninos. Tem algumas embalagens de escova de dentes na primeira gaveta - Diz sorrindo e eu levanto os seguindo, agora ele é quem me olha suplicando. Do de ombros e ele olha para ela - Eles pegam as escovas de dentes para fazer experimentos, por isso sempre temos um estoque. Vai, o café vai esfriar - Empurra ele em direção a escada. O que sai um pouco forte e ele quase tropeça, mas começa a subir, desconfiado.

- Vou me ajeitar também - Corro em direção a escada e acompanho o Gabriel.

- E eu garantir que ninguém entre em portas erradas - Meu pai fala e escuto seus passos nos seguindo. Eu mereço.

(...)

Um silêncio incomodo se faz presente na sala de jantar e um clima constrangedor passeia por cada canto do ambiente. Meu pai fez o típico segurança na porta do meu quarto, quando fui me ajeitar para descer e tomar café. Já me sinto bem melhor em relação ao remedio tomado, mas não sei ainda o que essa bomba de hormônios vai fazer em relação ao meu período. Tomara que fique tudo normal.

- Então... - Meu pai limpa a garganta e logo chama a atenção de todos - Por que ele esta aqui mesmo?

- Porque eles são amigos, Cam - Minha mãe fala em tom de advertência, mas ele parece ignorar.

Flecha do DestinoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora