Capítulo 3

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Estou tãaao feliz, que decidi postar um cap <3

Gabriel

Olho a fera ainda em posição de ataque. Um monstro negro, de olhos verdes. Grandes e redondos. Deve ter uns três metros de altura e a extensão de suas asas ao lado do corpo, são muito maiores. Ele rosna para mim, como um cachorro prestes a atacar. De onde estou, para onde ele está, deve ter uns cinco metros.

Ele dá um passo em minha direção e me ponho em alerta. Rapidamente retiro as adagas do cós da calça e lanço em sua direção. Que ele majestosamente, coloca as asas na frente e elas batem, logo caindo no chão. Era tudo que eu precisava, um dragão com pele resistente. Um fato curioso é que conforme ele me ameaça de boca aberta, parece não ter dentes alguns. Ele pode não estar se sentindo tão ameaçado assim, a ponto de mostrar suas presas.

Dou um passo para o lado e ele bufa ameaçador. Coloco a mão em meu bolso e remexo, eu sempre ando preparado. Tiro alguns frascos do bolso. Tiro o olhar dele e direciono a minha mão. O de neblina e invisibilidade me chamam a atenção. As vezes não é tão ruim ter um monstro ao seu lado, pois se pouparmos sua vida. Conseguimos alguns truques para usar. Jogo o frasco com neblina em direção ao monstro. Fazendo com que tudo entre nós fique tomado pela neblina branca. Tomo o que tem no outro frasco e logo começo a sentir um formigamento no corpo. Levo minha mão até a vista e não vejo nada, funcionou.

Quando a neblina some, o monstro percebe que eu sumi. Sua expressão fica bem confusa e ele se senta, como um cachorro. Sobre as patas traseiras e com as patas da frente esticadas. Ele solta um 'Uh' de confusão. Seu olhar fica semicerrado como se me procurasse e ele inclina a cabeça um pouco de lado. Ele parece muito com um cachorro no momento.

Do um passo para o lado e ele inclina a cabeça para o outro lado. Focando seu ouvido em meus passos, que pisou sem querer em um galho. Sigo olhando para o chão para não fazer barulho algum e aos poucos deixo o dragão para trás. Mesmo sendo um caçador, eu sei a minha hora de recuar e essa foi ela. Creio que não seria muito útil com um dragão que não é afetado pelas minhas adagas. Quando já estou a uma certa distância, começo a correr. Pela minha vida.

Chego em casa e tranco a porta atrás de mim. Escoro nela por um momento, tentando recuperar o folego. Isso foi muito legal. Entro no corredor e vou até meu quarto. Normalmente o efeito passa depois de algumas horas, acho que cinco no máximo. Ou se tomar um bom banho, aí sai também. Entro no banheiro e olho o espelho. Quase começo a rir com o que vejo, meu cabelo ainda está visível. Um belo topete QUE NÃO SUMIU. Agora entendo o motivo dele ficar com aquela expressão, pois mesmo eu não estando visível, meu cabelo estava. Ele deve ter ficado com pena de mim, por isso não atacou. Que ódio, eu sou bem patético, mas eu não teria como saber.

Enfim, o bom é que ele não me atacou, ficou apenas confuso com o que aconteceu. Ninguém precisa saber o que aconteceu. Seria vergonhoso para mim. Caso perguntem, foi uma luta sangrenta ao qual eu fiquei até o máximo que pude.

(...)

Abro a geladeira e procuro algo para comer. Creio que aquele senhor jogado no sofá da sala e totalmente bêbado, não está em condição alguma de fazer o jantar. Quer saber, não estou com fome. Fecho a geladeira e vou até a sala.

- Pai - Chamo por ele, que levanta a cabeça caída no sofá e me dá um sorriso.

- Meu filho - Seu bafo de puro álcool bem até mim.

- Nossa pai - Falo abanando a mão frente ao nariz - O senhor está fedendo.

- Cadê meu bebezinho? - Pergunta com a voz bem estranha. Como falar que a Ally possivelmente não volte mais?

Flecha do DestinoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora