Flecha do Destino

Capítulo 13

LEIAM A MENSAGEM DO FINAL, PARA NÃO FICAREM PERDIDAS DEPOIS :*

^^ Gabriel ^^

Estou tentando processar ainda o que aconteceu. Eu estava a ponto de matar ela e assim conseguir ir para casa, alegando que o dragão havia sido morto já, mas isso não aconteceu.

O banguela teve de se intrometer e me atacar, nossa, foi horrível a sensação da queimação quando ele jogou aquela bola em mim. Eu senti como se toda a minha mão tivesse queimando, pensei que estaria em carne viva, porém assim que sumiu a dor passou e não ficaram marcas. Afago a mão ainda sentindo a sensação de queimado.

Não acredito que ele fez isso comigo, não acredito que ele acabou com minha melhor chance. Eu simplesmente não acredito que isso está acontecendo. Eu achei que trazendo ela para cá, seria melhor do que tentar algo em seu aniversário. Não acho nada legal sofrer um atentado no dia que deve ser especial e não queria que as pessoas sofressem nessa data, antes tudo bem, no dia não.

Ando sem rumo pela floresta e me amaldiçoando por ter deixado o banguela encarregado disso. Eu deveria saber que um dragão que não me atacou, provavelmente não atacaria outras pessoas, ainda mais uma mulher.

Sento sobre um tronco caído e descanso a cabeça nas mãos. Eu não acredito que perdi a chance de matar ela. É surreal ainda. O jeito que ela me olhava, que tremia a cada segundo comigo, me fez ficar excitado por isso. Tem muito tempo que eu não mato um monstro, geralmente eu mato os que fazem mal a outros monstros, os mais perigosos.

Três porcento do meu corpo, quis parar e manda-la embora no momento em que disse meu nome. Deve ter sido aquele dia na cabana, eu falei em voz alta. Do que adianta ser um caçador e ainda ter um coração? Por isso nós desprezamos o amor e tudo que envolve ele. Esses três porcento quase me prejudicou, ainda bem que os outros noventa e sete continuaram bem.

Fico parado todo o tempo, olhando a frente, o sol já começa a se por e não estou afim de voltar. Só estou com fome, mas acho que a raiva sobrepõe. Uma aranha grande e peluda começa a subir pela minha calça, quando ela está próximo a minha coxa, coloco a mão e ela sobe, levanto e coloco a mão próximo a um tronco de árvore, ela sai de minha mão e começa a subir. Agora até a vida das pobres aranhas eu to poupando. Minha mãe tinha pavor de aranhas, cabia a um de nós três lá em casa a salvar. Ela sempre foi o que tínhamos de mais amor em casa, ela era totalmente diferente das outras caçadoras. A melhor amiga dela era a Katherine, mas quando ela morreu no parto da Bela, minha mãe demorou um pouco para se abrir pro mundo novamente. Por algum motivo que todos desconhecem, os caçadores proibiram qualquer um de mencionar quem era a mãe da Bela. O que todos pensam, é que ela é filha daquela mulher insuportável. Mamãe havia mencionado que a Katherine teve outro filho, mas ele morreu logo após nascer. São muitos segredos que envolvem cada um do vilarejo.

Eu levo esse lance de amizade a sério, o Aaron era meu melhor amigo, por assim dizer, mas não sei se ele teve a mesma sorte que eu com um dragão. Se bem que o que ele foi atrás, era muito cruel, já o Banguela, uma manteiga derretida. Espero que ele esteja bem e que em breve volte, com a cabeça do dragão.

Decido voltar para casa assim que escurece totalmente, não olhar pro banguela é o que mais quero no momento. Quando entro no quintal da cabana e vejo ele ainda deitado na mesma posição, meu coração dói um pouco, mas simplesmente passo direto e entro no lugar, fechando a porta. Eu preciso acabar essa missão logo, pois eu não tenho dinheiro para a vida toda. O conselho nos dá o dinheiro suficiente para a missão, o que não é muito. Eles pensam que só uma semana é suficiente, no meu caso eu tive de entrar de fininho na sede e pegar um pouco a mais. É um absurdo que eles pensem que apenas trezentos dólares de para conviver, mas acho que os quase cinco mil que peguei, também seja exagerado, mas o que eu posso fazer? Joguei tudo na mochila e sai correndo.