Capítulo 25

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A semana passou voando e logo chegou outro sábado, trazendo com ele outro dia de trabalho.

Deixei minha mãe ir mais cedo pra obra de carona com Hall e segundo Jesse, seu pai tinha saído bem cedo pra resolver algumas coisas na cidade e iria de lá mesmo. Sobrou pra mim dar uma carona a ele, não que eu estivesse reclamando. Quase não ficamos a sós naquela semana, e mesmo que fosse só brevemente em um passeio de carro pra mim já seria o bastante.

Parei o carro na entrada da garagem de Jesse e desci brincando com as chaves quando ouvi uma gritaria vindo de dentro da casa. Franzina testa e apressei o passo em direção à porta já com um mal pressentimento.

Jesse me disse que estaria sozinho, então não fazia sentido estar gritando. Só se alguma coisa estivesse errada.

Girei a maçaneta sem saber se estava aberta e fiquei aliviada quando a porta abriu. Mas o meu alívio foi todo embora quando eu dei de cara com um Jesse furioso ameaçando um cara que eu nunca tinha visto na vida.

-Você vai sair da minha casa agora! -Ele berrou, e só então eu percebi que estava segurando um taco de baseball em uma das mãos.

-Não ferra garoto! -O homem cuspiu de volta e olhou ao redor parecendo estar procurando alguma coisa. -Sua mãe me nadou aqui.

Quando ele tentou avançar Jesse ergueu o taco pronto pra rebater o que eu imaginei ser a cabeça do homem.

-Foda-se! Se ela quiser alguma coisa manda ela vir buscar. Você não pisa nessa casa.

Ele fez menção de acertar o homem e eu gritei desesperada.

-Jesse! -Gritei assustada.

Seus olhos desviaram do homem para mim e eu estremeci vendo toda a raiva contida ali.

-Sai daqui Emily. -Rosnou.

O homem bufou desdenhoso.

-Escuta a sua garota. As coisas vão ficar feias pro seu lado moleque.

Ele avançou na direção de Jesse e eu entrei em pânico.

-Eu vou ligar pra polícia! -Gritei tirando o celular do bolso.

A simples menção da palavra "polícia" fez o cara congelar no lugar. Ele se virou na minha direção olhando de mim para o meu celular e ergueu as mãos me dando um sorriso que não me convenceu nem um pouco.

-Eieiei, calma docinho. Eu só vim buscar uma parada que a Vanessa pediu.

-A mãe dele não mora mais aqui, então você não é um convidado, mas sim está invadindo. Você pode ser preso se eu ligar pra polícia.

Seu sorriso desapareceu dando lugar a uma carranca assustadora e ele fechou as mãos em punhos abaixando os braços. Lançou mais um olhar na direção de Jesse antes vir na minha direção e esbarrar em mim ao passar pela porta.

-Eu não vim aqui pra aturar isso. -Saiu resmungando. -Aquela cadela que se foda.

Só quando vi que ele tinha realmente ido embora eu relaxei e fechei a porta antes de ir na direção de Jesse. Tirei o taco das suas mãos e o joguei de lado. Ele ficou tenso com o barulho que a madeira fez ao se chocar no chão.

-Ei. -Toquei seu rosto. -Jesse olha pra mim.

Ele continuou tenso até que eu o forcei a me olhar. Lentamente seus ombros relaxaram e ele suspirou fechando os olhos e encostando sua testa na minha.

-Desculpa. -Sussurrou.

-Tudo bem.

-Se o meu pai estivesse aqui quando aquele cara chegou...

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