29. Até mais tarde

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Como anda a contagem para o final? Faltam mais três + epílogo.


Narrador (Participação única e especial)

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Narrador (Participação única e especial)

Gostaria de convida-los para uma pequena aventura, porém adorável. Permitam-se sentir-se como crianças novamente, sem a preocupação das adversidades enfrentadas pelos mais velhos e, na maioria dos casos, experientes. Vamos apenas manter a mente aberta para todas as possibilidades, mesmo que estas pareçam assustadoras e tenhamos a vontade de se esconder, e cenários, ainda que estes sejam impossíveis. O ser humano, desde o princípio dos tempos, carrega a impressionante inclinação pela ordem, desprezando, por consequência, a perturbação. O caos. Se você para um minuto para reaver algumas de suas memórias e conhecimentos, vai acabar percebendo que nós temos uma peculiar predisposição à organização. Quer um exemplo? Tenho quase certeza que já deve ter ouvido alguém tocar, arbitrariamente, as cordas de um violão, pouco se importando se as notas faziam algum sentido. O som, no mínimo, foi insuportável de se ouvir, certo? Posso apostar que sim. Não seria melhor se estas fossem organizadas de forma a resultarem numa bela melodia?

O mesmo acontece com as perguntas. O cérebro humano não suporta viver em dúvida por muito tempo, por isso se empenha na busca de soluções e respostas adequadas que possam sanar tais questões. A procura da ordem no caos, um minuto de paz até o surgimento de outra pergunta. Uma das indagações mais recorrentes entre as pessoas é: Qual o sentido da vida? Ora, quem não adoraria saber a razão da própria existência, bem como da sua causa e o que acontece depois que esta se dissolve? Na própria gama de religiões, encontramos muitas respostas para isso, sendo suficiente ou não para seus seguidores. Deus, Alá, Javé, Destino... Não importa, alguns acreditam já terem superado esse ponto, apoiando-se firmemente na ilusão de ordem criada pelo próprio cérebro a fim de derrotar a dúvida. Afinal, realmente precisamos de uma desculpa para crer que somos importantes em um universo cujas dimensões são incalculáveis. Somos tão consideráveis assim ou apenas fruto de um golpe de sorte?

Agora que exercitamos bem nossos neurônios e, imagino eu, estamos prontos para mais algumas perguntas, vamos seguir em frente para mais questionamentos.

O que você faria se soubesse que hoje é o seu último dia entre os vivos?

— MANI! Era minha última rosquinha, poxa. Como pôde? — Essa é uma das lembranças mais recorrentes de Lauren, mesmo antes de ela e Camila terem se aproximado. Já se conheciam há alguns anos, mas nunca foram realmente amigas e nem se cumprimentavam nos corredores, mas a imagem da latina batendo os All Star branquinhos contra o piso do corredor como se tivesse cinco anos ainda é viva em seus pensamentos. Foi no primeiro ano delas no ensino médio e boa parte dos seus colegas de turmas estavam preocupados com a própria reputação em relação aos mais velhos, principalmente aqueles que se formariam naquele ano, mas Camila não poderia se importar menos com os olhares divertidos que recebeu graças ao seu ataque.

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