No Morro

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• Meses depois...•

Índio 🦖

Tava deitado, tranquilão, enquanto o Léo brincava com a Belly, Kauã tava mexendo no celular.

Kauã: Coroa, tu já fez ménage? - Olhei pra ele.

Índio: Faz mó tempão.

Kauã: Como é?

Índio: É massa, duas negas e pá. Vai que é tua! - Ele sorriu sacana.

Neguei com a cabeça e voltei a olhar pra TV.

Lua tinha saído pra ir fazer compras, levando a Thayná, com ela.

Pois é, minha garotinha já nasceu.

Tá com 1 mês aí já, toda esperta!

Aí vira um nojo, Kauã, Leozin e Thayná juntos, puta merda.

As vezes Leo implica com a Thay, mas isso passa em dois tempos.

Ele tava quase com 3 anos, todo lindo meu garoto.

Kauã: Vou fazer minha parada ali, depois volto.- Falou fazendo toque comigo, beijando a cabeça do Leo e da Belly.

Índio: Vocês ficam quietos aí que eu vou fazer comida pra mim, ouviu? - Eles nem renderam.- Cês tão surdo?

Belly: Tá, tá. Vai tio.- Nem me olhou, continuo montando a parada.

Neguei com a cabeça e fui pra cozinha, peguei os pães, cortei, coloquei manteiga, presunto, queijo e coloquei dois na sanduicheira.

Quando os dois primeiros saíram, comecei a comer enquanto esperava os outros.

Fiquei super mec comendo meu pão né, bem na moral.

Até escutar o barulho de queda e poucos minutos depois, o choro do Leonardo.

Índio: Puta que pariu, porra.- Xinguei largando o prato na pia.

Meu pão.

No mesmo momento em que eu cheguei na sala, Lua abriu a porta com a Thay.

Leozinho tava de cara com o chão, chorando.

Belly tava sentada, abraçando o joelho e com o rosto entre as pernas.

Lua: O que foi isso? - Perguntou ajeitando a Thay no colo.

Índio: Não sei, só não surta.- Falei pegando o Léo no colo.- Que foi, menor?

O nariz dele tava sangrado, porra.

Ele nunca se machucou grave assim, era só parada leve de queda.

Ele não parava de chorar e dessa vez não era drama, eu sabia que tava doendo.

Sabia que a Lua ia surtar por nem conseguir olhar nosso filho, mas não tinha culpa nenhuma.