50

126K 7.1K 1.9K
                                    

1/5

Laranjinha 🍊

Paciência pra aturar a Marina.

Nem tenho mas tento.

Pelo menos nós tava fluindo, depois de dois anos, faltavam poucas coisas pra nós ir morar junto de vez.

Nós vivia conversando sobre isso, casar e ter 4 filhos.

Tô tentando ter os menor, mas tenho certeza que ela tá tomando o remédio lá.

Vou colocar veneno no lugar no remédio só pra ela aprender.

Mari: Vida? - Olhei pra ela com o copo na boca.- Irei dançar.

Laranjinha: Na minha frente.- Sorri puxando o braço dela.

Mari: Teu cu.- Mandou dedo na minha cara.

Dei um tapa na mão dela e ela mandou língua me beliscando.

Laranjinha: Fica aqui, cara! Tu gosta de chamar atenção né? As mina tão tudo queita, fica também.

Mari: Não vim pra baile pra ficar quieta.- Falou virando o copo na boca.

Laranjinha: Vai lá, some da minha frente.- Apontei retão e me afastei dela.

Ela jogou os cabelos e ajeitou a saia enquanto descia as escadas.

Fiquei conversando com o Índio, programando altos rolês pro ano novo.

Depois de mó cota olhei lá pra baixo, Marina tava conversando com um moleque na maior intimidade.

Fé pra ela.

Vou deixar bem a vontade, zero papo pra ela.

Mas se fizer merda eu vou cobrar da pior forma.

Nunca traí, nem pensei em levantar a mão pra ela.

Mesmo que isso seja uma coisa que geral não deve fazer, nós tá no meio da favela!

Aqui as regras são outras e quem faz a lei é nós.

Então nesse mundo aqui, isso é normal!

Nesse mundo aqui, isso te faz mais homem.

Mas de qualquer jeito, se eu machucasse ela um dia, eu ia ficar boladão pra caralho comigo.

Mina firmeza, faz de tudo por nós.

Não me dá motivos pra nada, eu fico na minha e ela na dela!

Só fé, confiança é o que não falta.

▪▪▪

Quase seis horas da manhã e ainda tava no pique.

Marina sumiu mesmo, deixei de lado.

Quando eu pegar vou soltar tanto esculacho, vou nem medir as palavras.

Tava tendo sequência de peito na gaiola.

Ainda tava comigo Lua, Índio, Victória e Cobra.

Só eu que não tava com a cremosa.

Quando as negas subiram la no palco e baixaram as blusas, os peitos pularam pra fora e começou.

Só putaria das brabas.

Lua: Queria ter esses peitos.- Comentou fazendo careta.

Vic: São bem durinhos, alá.- Falou junto da Lua.

Olhei pros meninos que tavam olhando e nem piscando.

Tava olhando também, sou até besta!

As meninas tavam super mec comentando sobre o peito das outras, até com nós elas vinheram falar sobre.

Vic: Legal, mas já deu! Vamo, Gui.- Pediu entrando na frente dele.

Ele falou algo no ouvido dela e ela assentiu sorrindo.

Cobra: Tchau, rapaziada.- Falou com a gente.

Lua: Camisinha, obrigada.- Falou.

Eles sorriram e a Lua continuou com a gente vendo.

Depois de quase meia hora, elas desceram do palco, o dj voltou a tocar e eu vi elas vindo pro camarote.

Índio: Muita putaria issaê, vou testar no meu baile da Rocinha.- Brincou abraçando a Lua por trás.

Lua: Eu não tenho essa disposição delas, eu fico dois minutos com as tetas balançando e já tô morta.- Falou rindo.

O foda era que as duas levaram o bagulho super de boa, enquanto se fosse a outra, colocaria o baile abaixo!

No MorroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora