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Lua: Você machucou minha boca, não consigo falar.- Falou olhando pro celular.

Mari: Sai daqui, todo mundo te odeia.- Revirei os olhos.

Índio: Vai, pô. Tô falando sério.- Olhei pra ela.

Lua: Cem reais.- Estendeu a mão.

Encarei ela com cara de bunda, ela tava me olhando séria pra caralhou.

Tirei minha carteira do bolso e dei na mão dela, as meninas olharam uma pra outra e ela pegou.

Marina: Amiga, você quer ficar aqui ou no quarto? - Perguntou.

Lua: No quarto.

Victória: Leva ela.- Apontou e puxou o Kauã.

Os três saíram, meu menor nem me olhou direito.

Peguei ela no colo e vi ela deitando a cabeça no meu peito e cheirando minha blusa.

Coloquei ela na cama e comecei a pedir uma pá de desculpa.

Namoral, não lembrava de nada.

Lua: Tô com nojo de você.- Falou depois de eu ter pedido desculpa, mais uma vez.

Índio: Cê quer que eu faça o que? Diz aí, qualquer coisa eu faço, só num fica com essa indiferença pra cima de mim.- Ela revirou os olhos.

Lua: Nada, eu só queria que você parasse de ser babaca. Eu já te contei coisas que eu nunca contei pra ninguém, por que eu confiei em você, custa fazer o mesmo e me contar o que acontece com você?

Índio: É difícil pra mim, cara. O que cê falou pra mim?

Lua: Que eu tenho um boquete bom pra caralho.- Sorri de lado.

Índio: Eu sei.- Ela fez cara de nojo.- Eu vou ali, daqui a dois minutos eu volto, belê?

Lua: Pra onde você vai?

Índio: Vou comprar uns bagulhos, filhona.- Me levantei.

Lua: Eu quero ir.

Olhei pra cara dela, ela tava falando toda manhosa, mas a cara tava feiona.

Eu sabia que ela não ia deixar tudo fácil assim pra mim.

Índio: Mas tu não vai descer do carro, jaé? - Falei buscando ela no colo de novo.

Lua: Quem manda sou eu, faço o que eu quero.- Botou carão 

Revirei os olhos e saí com ela, tava geral na calçada.

Ela falou com geral e eu coloquei ela no carro.

Índio: Cê foi no médico, pra ver a parada da perna, preta? - Falei assim que entrei no carro e ela me olhou com deboche.

Lua: Hoje é preta, ontem foi "demônia, vagabunda, interesseira." - Debochou me entregando minha carteira.

Índio: Ontem era minha pior versão, hoje a melhor tá aqui, pra te agradar.

Ela me olhou novamente e virou o rosto, segurei a mão dela e dei um beijo, ela puxou a mão e colocou na coxa dela.

Lua: Eu vou te bater, me aguarda.- Ameaçou.

Índio: Pode me maltratar, eu deixo.

Lua: Vou socar vidro no teu cu.

No MorroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora