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Lua: Me solta, namoral.- Pedi cansada dele.

Ah vai se fuder.

Índio: O que eu fiz? - Segurou meu rosto.- Eu tava em missão, vida.

Lua: Apelidos carinhosos.- Fiz cara de nojo.- Cara, cê me ligou duas vezes! Duass.

Índio: Eu tava no fogo cruzado, fugindo de segundo em segundo.- Começou a explicar.- Além de você, eu tenho o Kauã, que é o mais importante e além de vocês dois, tinha o morro. Era no máximo cinco minutos pra conseguir falar, eu tinha que me dividir. Entende os bagulhos também pô.

Lua: Eu não ia adivinhar.- Murmurei.

Índio: Tá, mas já foi! Tô com saudades, minha mão já tá caindo de tanta punheta.

Lua: Melhor a mão cair, do que eu cortar o pau, se me trair.- Ameacei.

Índio: A corna acha que não é corna.- Falou antes de atacar minha boca.

Sério, foi tipo um leão quando ver sua presa.

Quase cair pra trás, mas ele me segurou.

Nossas línguas se encontravam com tanta intensidade e conexão.

Porra.

No fim fomos diminuindo o ritmo fazendo aproveitar cada segundo do beijo.

Lua: Eu tava morrendo de saudade.- Admitir baixinho.- Eu te amo, tá corno!?

Ele deu um sorriso lindo que me fez sorrir junto.

Índio: Vai pra onde tão gata? A lua do céu não chega nem perto do brilho da minha Lua.- Gargalhei.

Lua: Vou na casa dos meus pais, mas eu volto pra comemorar Natal aqui.- Expliquei.

Índio: Quando eu vou conhecer meus sogros?

Lua: Quer ir agora? - Dei os ombros.

Índio: Namoral? - Assenti.- Bora, tu ia de que?

Lua: Moto do Guilherme.- Balancei a chave.

Índio: A minha é mais rápida.- Falou pegando a chave do pescoço.- Vai entregar a chave a ele.

Entrei rapidão e entrei pro Gui, voltei e montei na moto dele.

Talvez isso esteja sendo uma péssima escolha.

Se o Guilherme que é o Guilherme não aturou minha família, imagina o Victor que é dez vezes mais estressado?

Tomara que eu volte viva pra casa, ainda quero comer!

No MorroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora