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Índio: Quer ir pra onde? - Falou ligando a moto.

Lua: Qualquer lugar de comida.- Dei os ombros.

Ele me olhou negando com a cabeça e deu partida.

Ele me levou pra uma lanchonete dentro do morro, já me animei quando sentir o cheiro de frituras.

Não posso ver que já quero.

Várias pessoas pararam pra olhar, desci da moto arrumando meu cabelo e ele desceu em seguida.

Fui seguindo ele é ele ia entrando no lugar.

Índio: Quer o que?

Lua: Pastel de frango.- Falei sentindo o cheiro.

Ele pediu e ficamos esperando, não durou dois minutos e eu já estava com meu pastel e ele com a coxinha dele.

Fui logo mordendo, como uma esfomeada mesmo.

Índio: Tem comida em casa não? - Continuei comendo sem nem olhar pra ele.

Lua: Cadê o Kauã? - Perguntei parando pra respirar e ele sorriu.

Índio: Arrumando as coisas, vai viajar amanhã.- Concordei.

Começamos a conversar sobre a minha vida e sobre a vida dele.

Era estranho pq alguns minutos ele parecia super interessado e em outros momentos ele ficava de cara fechada olhando pro meu rosto.

Pouco assustador, mas tudo certo.

Índio: Bô no baile hoje.- Me cortou.

Lua: Eu tava falando, mau educado.- Ele sorriu de lado.

Índio: Quem liga? - Revirei os olhos.- Bora dar um rolê pra eu mostrar a geral a minha fiel.

Lua: Um pouco rápido demais.- Fiz careta me levantando junto com ele.

Índio: Comigo o bagulho é reto, não gosto de enrolação pô! Bati o olho em tu é pronto, curti teu papo e te curti, vou ficar enrolando pra que? Eu nunca sei o dia de amanhã pô.

Lua: Mas é que não tem nenhum dia que a gente se conhece, moço. Sei nem o teu nome.- Começamos a andar pela pracinha.

Índio: Víctor.- Falou olhando os menor jogando.- Parada confidencial.

Lua: Eu sei.- Dei os ombros.- Vamos ficar aqui.

Índio: Tu num quer conhecer meu quarto não? - Sentou do meu lado no chão.

Lua: Eu sou virgem e pura, moço.- Ele me olhou.

Índio: Moço é coisa de viado, me chama logo de "preto" que eu sei que tu tá afim.- Sorri.

Lua: Não me dá liberdade pq quando você se arrepender, eu já vou tá morando na tua casa.

Índio: Sexo bruto ou amor? - Me encarou.

Lua: Depende.- Dei os ombros.- Tem dias que você só quer fazer amor com a pessoa lá e pá. Mas sexo bruto é foda pra caralho.

Índio: Nós pode fazer os dois.- Me encarou e eu olhei pro chão rindo.

No MorroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora