Capítulo 7 : Cade você ? Peter ?!

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— Tudo bem eu falhei me desculpe é sério — Falo com sinceridade e a expressão do seu rosto não muda — A senhora tem razão eu só tenho dezassete anos ainda não posso fazer o que bem entendo

Infelizmente.

— E me perdoa de verdade mãe eu tive um dia difícil também — Olho para baixo balançando meu pé para esconder o nervosismo — Mas eu sou apenas uma adolescente e adolescentes são burros cometem erros isso é normal.

— Sua justificação é essa ? — Ela ri quando balanço a cabeça afirmando.

Ela parece pensativa por um momento sua mente parece vagar por um lugar distante e seus olhos estão em um ponto fixo distante sua expressão de desaprovação é o que mais me machuca.

Eu só quero me dar bem com ela, pela primeira vez em muito tempo quero saber o que é ter uma mãe comigo ao meu lado, sei que não tem sido fácil para ela e eu não ajudo muito também, mas também não tem sido muito fácil para mim.

— Mãe eu...

— Não ! — Ela me interrompe seria e seu olhar é severo e congelaste igual sua expressão — Eu sabia que estava cometendo um erro por deixar seu pai cuidar de você.

— O que ? — falo enquanto sinto como se estivesse levando uma facada nas costas.

— Você escutou — suspira — Ele não soube te dar educação digna, nunca soube e em vez de fazer o certo, sim te encheu de lixo na cabeça.

Eu ainda não entendo onde ela quer chegar. Mas como ela se atreve a falar uma coisa dessas ?

— Olha só para você Alissa — Ela me olha com nojo e desprezo evidente — Você se veste e se comporta como uma retardada sem noção, você nem parece filha de alguém como eu...

— Talvez porquê eu não sei como é ser filha de alguém como você! — Falo com a voz embargada.

— O que ??

— A senhora escutou — Limpo rápido uma lágrima que queria rolar pelo meu rosto, eu não posso chorar à frente dela — Eu acho melhor eu ir para meu quarto.

Vou rápido até as escadas ao menos assim posso chorar sozinha no meu quarto sem ela me ver apenas quero e preciso me esconder, são demasiadas emoções para um só dia.

— E mãe — Falo do último degrau da escada — Nunca mais fala mal de meu pai por favor? Ele...ele ao menos fez o forço de tentar me criar.

Ele fez diferente de você.

Entro no corredor estúpidamente grande cheia a de raiva misturada com tristeza eu esperava qualquer coisa de minha mãe mas isso eu não esperava nem no meu pior pesadelo.

Entro com tudo abrindo e fechando com força a última porta do fundo do corredor maldito.

Engraçado que se meu pai estivesse aqui ia me fazer a estranha pergunta de "Você não tem geladeira em casa não ?"

Riu sentindo algumas lágrimas involuntárias caírem nunca entendi essa pergunta da geladeira na verdade nunca entendi a maioria das coisas que acontece na minha vida.

Nunca entendi a mim mesma.

Olho para as malas desarrumadas no canto do quarto e vou até ele, ainda não tive tempo de arrumar nenhuma roupa ou outro pertence meu e realmente não vou pensar em fazer isso agora que meu humor não é dos melhores para arrumar.

Na verdade meu humor nunca é dos melhores quando se trata do assusto "arrumar" "organizar" ou qualquer outra coisa relacionada.

Abro uma das malas e procuro o laptop lá dentro, e oro aos anjos várias vezes para ele não ter quebrado na viajem e ser o meu fim miserável de ter um Laptop que morreu e virou um anjo indo para o céu dos laptops.

Pego nele e levo até a cama onde me jogo junto com ele e olho a janela grande ao meu lado mostrando o anoitecer da cidade.

Isso ai ! Continua se Jogando na cama como se o seu laptop fosse feito de ferro é claro que ele não vai se quebrar...

Cala-te subconsciente parvo agora não é hora para você gritar, e sim é hora de ligar para a única pessoa pessoa que pode me fazer sentir melhor agora e não o lixo nojento e fracassado com que estou me identificando ágora.

Limpo as lágrimas teimosas, eu não quero chorar por isso, não quero ser fraca honestamente eu apenas estou tentando me manter forte mas está difícil

Ajeito meus cabelos enquanto a tela do computador brilha ao ligar para Peter via Skype porém já passando um bom tempo ele não atende.

Olho meu celular e vejo umas vinte mensagens dele acompanhadas de chuvas de ligações intermináveis de minha mãe.

Atiro o celular com raiva para o outro lado da cama e passo minhas mãos na cara de frustração.

Tudo bem Alissa chega de drama vamos nos acalmar.

Me deito na cama e me viro para o ecrã pequeno do Laptop tentando ligar mais uma vez caso ele atenda agora, vai Peter cade você quando o que eu apenas preciso è ouvir sua voz confortante.

Cade sua foz familiar que me faz sentir e segura e a única que quando murmura um "vai ficar tudo bem" eu realmente acredito.

Cade você ?!

Enquanto espero fico encarando as paredes azuis do quarto era essa minha cor favorita quando era criança, parece que ao menos disso ela lembrou.

Perfect collision [Degustação]Where stories live. Discover now