Capitulo 143

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Eu balanço a minha cabeça insistentemente. Eu nem poderia considerar a possibilidade da Lisa me trair.


NICOLE: Não, não, absolutamente! Entendi o que você quer dizer. Mas o que houve, então? Ainda não temos respostas para desvendar o que aconteceu...

RYAN: Eu não sei mais o que fazer. A única certeza que eu tenho é que eu não prescrevi o Kardegic a ele. Eu validei o que já estava na tela. Isso é o que eu tenho para me agarrar, antes que este navio afunde.


Eu suspiro fundo.


NICOLE: Você parece bastante tenso.

RYAN: Como eu poderia estar?

NICOLE: Você quer que eu faça uma massagem nos seus ombros e pescoço? Seria bom para você.


Eu o vejo hesitando um pouco, lutar contra as suas vontades.

Finalmente, ele admite o que, em sua opinião, equivale a auto sabotagem.


RYAN: Eu adoraria isso, se não for incomodar você.

NICOLE: Claro que não, eu que ofereci.


Eu vou atrás da cadeira dele e levanto as mangas para que elas não atrapalhem. O silencio cai enquanto Ryan continua com as suas reflexões e eu me concentro nos nós em seus músculos.

Toda a parte superior das costas dele está tensa. Seu pescoço, seu ombros... Estou quase sentindo a sua dor.

Eu começo a acariciar a sua nuca, levantando um pouco o seus cabelos. Depois, eu pressiono três dedos contra cada lado do pescoço dele. Seus ossos estalam levemente.

Pacientemente, eu pressiono cada centímetro de músculo ao longo da sua espinha, com movimentos circulares para tirar a tensão dos músculos, como se fosse um jogo.

Quando eu desço um pouco em suas costas, eu passo pelas suas omoplatas e Ryan já parece mais relaxado. Ele senta um pouco para a frente e afasta do encosto da cadeira, para me dar mais espaço.

Eu sento atrás dele e continuo os meus movimentos com as mãos. Mas desta vez, por debaixo das suas roupas. Poderia ser um jogo bastante sensual, em outras circunstancias.

Mas hoje, estou apenas focada em deixá-lo um pouco mais relaxado.

Quando chego ao final da sua lombar, ele dá um leve suspiro. Fico feliz por ter feito algo que o ajudasse.

Agora que as suas costas estão relaxadas, eu começo a trabalhar em seus ombros, também bastante tensos.


NICOLE: Como você está? Fisicamente, quero dizer.

RYAN: Eu já me sinto bem melhor. Muito obrigado, Nicole. Foi muito gentil da sua parte fazer isso.


Eu saio da cadeira e ele se inclina para trás.


NICOLE: De nada, foi um prazer. Fico feliz em poder fazer algo por você. Além disso, não fiz nada de mais!


Ryan me olha e dá um sorriso carinhoso.


RYAN: Há situações em que pequenas atitudes fazem uma grande diferença.


Apesar da situação, sinto orgulho de ter conseguido fazer algo positivo.

Eu volto até a minha cadeira, do outro lado da mesa. No silencio, que mais uma vez toma conta do local, eu volto a minha mente para o problema que nos preocupa.

Uma nova ideia surge em minha mente.


NICOLE: Você acha que seria possível alguém ter hackeado o sistema no computador?


Ele balança a cabeça.


RYAN: Acho que não, a menos que a pessoa trabalhe com sistemas hospitalares, através do escritório de computação e telefonia, no ultimo andar.

Amor nas UrgênciasWhere stories live. Discover now