Capitulo 55

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RYAN: Relaxe.


Falar é fácil...

Eu sinto os dedos de Ryan deslizando pela minha pele... Quem disse que uma massagem me deixaria mais calma?

Meu nervosismo aumenta ainda mais.


RYAN: Eu vou ajudar você.


Ele começa a mover os polegares sobre os músculos do meu ombro, em pequenos movimentos circulares. Nem muito forte, nem muito fraco, apenas o suficiente para me relaxar...


RYAN: Está bom assim?


Eu tenho a impressão de que a sua voz está tremula, mas posso estar enganada.


NICOLE: Sim, perfeito...


Ele pressiona todos os dedos suavemente em meus músculos, seus polegares forçam contra os meus ombros, o que me faz muito bem.


NICOLE: Foi durante a sua viagem que você aprendeu a fazer massagem? Ou na escola de medicina? Porque na minha, infelizmente, eu nunca aprendi a fazer isso!


Ele ri, ainda deslizando os dedos nos músculos das minhas costas.


RYAN: Eu admito que fiz algumas massagens quando estive na Asia. E não, não foi na faculdade. Pelo que eu me lembro isso não estava no currículo.

NICOLE: Falando nisso, onde você estudou?

RYAN: Em Lille.


Suas mãos se movem ao longo dos meus ombros, eu fecho os meus olhos. Isso é muito bom... Eu quase esqueço que estou no trabalho...

As pontas dos seus dedos apertam as minhas clavículas, e ele coloca a mão entre a gola do meu jaleco e o meu pescoço.


NICOLE: Você não disse boas intenções?


Imediatamente, Ryan tira os dedos.


RYAN: Me desculpe, eu não fiz por mal.


Que bom que ele me respeita.


RYAN: E agora?


Seus polegares circulam minha pele levemente, não posso negar que estou adorando.


NICOLE: Sim.

ENFERMEIRA: Doutor!


A enfermeira entra correndo na sala dos funcionários. Ryan se assusta.


RYAN: Sim?

ENFERMEIRA: Tivemos uma entrada.

RYAN: O que houve?

ENFERMEIRA: Uma mulher, cerca de quarenta anos, com um derrame hemorrágico. De acordo com a unidade de emergência, nada pode ser feito.


Ryan esfrega as mãos e me olha.


RYAN: Bem, vamos lá, Nicole.


O rosto da enfermeira está um pouco triste.


ENFERMEIRA: Não vai ser nada fácil, doutor...


Ryan morde os lábios.


RYAN: A família está aqui?


A enfermeira concorda com a cabeça e se aproxima.


ENFERMEIRA: Sim, e eles não concordam com o que deve ser feito.

RYAN: Tudo bem, vamos cuidar disso. Obrigado.

ENFERMEIRA: A paciente está no quarto 7. Quanto à família, vou pedir para que eles fiquem na sala de espera. O filho insiste em estar ao lado da mãe.

RYAN: Nós falaremos com eles daqui a pouco.


Eu olho para Ryan, de maneira questionadora.


NICOLE: E agora?

RYAN: A mulher está prestes a sofrer morte cerebral, como o irmão de Sam, você lembra?


Eu concordo. Tudo isso ainda está muito fresco na minha memória.


RYAN: E pelo que a enfermeira nos disse sobre alguns membros da família serem contra a doação de órgãos e outros a favor.

NICOLE: Como Sam, que foi contra, apesar do desejo do irmão? Mas a lei diz que todos somos doadores por padrão, não é?

RYAN: Sim, mas devemos respeitar aqueles que não são. E entre parentes que perdem um ente querido, é um problema sentimental. Bem, vamos ver a mãe primeiro, e depois conversaremos com os familiares.

NICOLE: Vamos lá.

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