Capitulo 113

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Eu olho para Daryl que não perde tempo e já está prescrevendo novos exames.


NICOLE: Acho que a possibilidade de perder os pais em tão pouco tempo...

DARYL: Minha preocupação é que o Marco se salve desta vez, mas volte a se entregar.


Ele olha rapidamente para o computador e depois para mim.


DARYL: E quanto ao pai dele, alguma novidade? Eu o vi de manhã bem cedo, logo depois de falar com a Cassidy, mas desde então?

NICOLE: Eu o visitei com Ryan pouco antes do almoço. Cassidy disse ao Ryan que ele teve sangramentos durante a noite.

DARYL: Sim, ela me contou. Eu ajustei o remédio dele depois disso, então vamos esperar que ele se recupere...

NICOLE: Sim... tomara que sim. Isso não é justo, porquê...

DARYL: Não há respostas para esse tipo de pergunta, não há explicação. Um dos assistentes sociais que me ajudaram e estava comigo quando a minha mãe adoptiva morreu, me disse uma coisa que ficou guardada na minha memória e me ajudou muito. "Coisas piores aconteceram com pessoas melhores". Isso não ajuda a diminuir o sofrimento, mas pelo menos serve para entendermos que não é nada pessoal, não é questão de ser bom ou mau, coisas ruins acontecem com todo o mundo. E isso ajuda um pouco, pelo menos para mim... às vezes.

NICOLE: Eu entendo, sim... Que bom que você usa isso como conforto.

DARYL: Mas agora é o Marco que merece toda a nossa dedicação! Simon, finalize a colheita do exame de sangue.

SIMON: Certo, doutor.

DARYL: Nicole, prepare-se para me ajudar na colocação do tubo central.

NICOLE: Sem problemas, Daryl.


O dia passou a toda a velocidade. Como todas as noites, antes de ir para casa, vim ver Adam. E como sempre, e embora eu saiba o que encontrar aqui, seu rosto machucado, imóvel, coberto com ataduras, aperta meu coração.


RYAN: Ele já apresenta sinais claros de recuperação, lembre-se disso.


Eu me assusto, estava perdida em meus pensamentos, não o ouvi entrar. Eu olho para ele, cheia de esperanças.


NICOLE: Isso é óptimo!


Esta noticia me enche de alegria. Não sei como vou reagir quando ele puder falar novamente!

Eu tento não comemorar antes da hora, mas está difícil. E depois da triste história de Marco, que acabou comigo, preciso de um pouco de alegria.


RYAN: Sim. Mas ele ainda não está totalmente acordado. Apenas os seus dedos recuperaram a mobilidade. Quando eu passei lá à tarde, ele estava apertando o lençol. E depois ele apertou a minha mão. Agora, precisamos monitorar o progresso, ver se isso está sendo constante, mas eu já posso quase garantir a você que está.


Eu fixo os meus olhos nos dele, cheia de entusiasmo. Como médico, ele deve estar acostumado a dar más noticias a pessoas que estão passando por momentos difíceis.

No entanto, ele nunca parece estar no piloto automático, seja com noticias tristes ou alegres. Nunca é algo mecânico, insensível.


NICOLE: Você deveria... eu adoraria senti-lo apertando a minha mão.

RYAN: Mas você estava ocupada com o Marco... E depois o dia continuou corrido, com várias admissões e altas.

NICOLE: Isso é verdade.

RYAM: Mas amanhã, a situação dele deve melhorar ainda mais. E por experiência própria, sinto que até amanhã no final do dia ele terá recuperado a consciência.

Amor nas UrgênciasOnde histórias criam vida. Descubra agora