e n d g a m e

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2 anos depois

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2 anos depois.

Antoine.

Era 2009, o clima estava muito seco e o meu coração salpicava em euforia treino-a-treino. "Você não tem chance de se tornar um jogador!" Pessoas caçoavam de minha altura e estatura física por vezes demais. Professores em testes, pais dos outros alunos nos treinos, todavia, eu estava focado demais para escuta-las. Aquilo parecia tão certo.

Decidi usar daquelas palavras negativas como energia para perseverar dia após dia, segundo a segundo em busca de minha meta de vida. Eu seria um jogador, eles gostando ou não.
Então chegou o dia, a chance perfeita de mostrar aos superiores do Real Sociedad que eu era capaz de defender a camisa daquele clube, e fui capaz. Entrei naquela partida e dei tudo de mim, conquistando-os num primeiro ato.

Titularidade.

Cinco anos mais tarde, estava vestindo a camisa azul da Seleção Francesa, convocado a Copa do Mundo cediada no Brasil. "L'e Petit Diable" era como os torcedores me chamavam. Eu havia deixado de ser o "garoto pequeno" para me transformar em algo grande. Minha estatura física já não importava, tudo que eles queriam saber era de meu talento quando estava em campo. Passaram então a pressionar Didier Deschamps, até que fiz minha estréia.

No mesmo mês, logo ao fim do mundial, fui contratado por um dos clubes de mais expressão na Espanha, e algumas semanas depois estava me despedindo dos companheiros que fiz na Real Sociedad para conhecer o Atlético de Madrid.

Neste meio-tempo, as coisas explodiram.

Dinheiro, fama, mulheres, álcool, títulos.

Eu estava vivendo insanamente. Podia comprar tudo que eu queria, desde carros a imóveis. Bebia feito um caralho, dia após dia, e fodia one night stands o tempo inteiro. Em banheiros do estádios, hotéis, festas, ônibus da equipe, boates, no carro, na rua, e em todos os lugares que tínhamos direito.

Criei um círculo de amigos no Atlético e passei a viver em um estilo de vida que eles almejavam, mas não podiam fazer pois o matrimônio os proibia. Foi então que Fernando Torres - o único solteiro - tornou-se meu cúmplice em muitas destas coisas.

Treinar, jogar, beber, foder e dormir.

Soava como um mantra fodido, mas eu amava.

Cada dia passado me tornava melhor no que eu fazia, futebolísticamente falando, mas a cada noite passada eu piorava em minha saúde mental. Aquilo que era completamente perfeito, passou a se tornar drástico. Bordéis começaram a serem substituídos por psicólogos, e putas buscando uma segunda trepada passaram a me fazer sentir ódio ao invés de desejo. O sexo já não me era prioridade, e quando eu já tinha tudo que queria na vida, os jornais que me colocavam no ápice dias antes, denegriam meu amor pelo clube no dia seguinte, fazendo com que os torcedores duvidassem de minha palavra.

STRIPPER [GRIEZMANN] ✨Where stories live. Discover now