— Qual é o problema de levar a Violeta, filho?
— Porque ela é amiga da Mariana, e não minha.
— Que criança! — Mariana revira os olhos.
— Mari, você poderia ir junto — sugere minha mãe.
— Ótima ideia.
— Não, eu vou morrer com esses viciados em livros. Esse ponto de loucura eu não chego.
Eu odeio a Mariana, simplesmente.
— Então está decidido, vou mandar fazer as credenciais para você e Violeta — fala minha mãe olhando para mim — E sem mas.
Ela sai da sala e eu mato Mariana com o olhar. Claro que eu não queria ir sozinho, mas eu não conheço a Violeta completamente. Ela é uma caixinha de surpresas e a bienal não é o lugar adequado para isso.
As aulas já tinham voltado e a bienal era essa semana, eu vou no sábado que a autora que eu gosto vai estar e minha mãe tinha até conseguido para eu conhecê-la sem senha. Só que a Violeta ir estava totalmente fora dos meus planos.
— Theo, para de besteira. Eu sei que você está adorando isso — Mariana adentra meu quarto.
— Por que você não vai encher o saco da Lua?
— Privada, lembra?
O pai dela descobriu do novo romance da menina e colocou imposições, isso inclui sair apenas comigo.
Ela vai tentar se jogar na minha cama, porém tropeça no tapete que minha mãe colocou no meu quarto a pouco tempo. Não consigo conter a risada, foi merecido.
— Fica rindo da desgraça alheia mesmo — ela se recompõe e me enche de tapa.
— Culpa sua.
— Relaxa, a Violeta é maravilhosa e vai dar certo. É a chance perfeita para você conhecer ela melhor, não era o quer você queria?
Em partes era sim, só que Violeta era tão... Violeta. Não tinha apenas névoas e nuvens entre nós, tinha uma grande tempestade e tornava impossível de enxergar.
Os cabelos de Mariana estavam extremamente desbotados e eu não queria ver ela sujando o banheiro por conta disso, já sabia que ela ia pedir para eu levá-la no salão.
— Que horas você marcou o salão? — seu sorriso se abriu — Antes que pergunte, já era de se imaginar. Preciso ficar o tempo todo lá?
— Lógico que não!
Pego um livro para levar, estava lendo Nós somos eu. A escritora não é muito conhecida, mas é da editora da minha mãe e eu estava adorando.
Enquanto ela ficava no salão, eu iria ficar no Ibirapuera lendo. Estava mais cheio por ser final de semana e, apesar de ser agosto, o clima estava agradável.
Enquanto eu lia, pensei em Matheus porque um personagem chama Matthew. O Matheus não é uma pessoa ruim, ele apenas não tem o que uma pessoa mais precisa na vida que é amor.
O Lucas é um caso à parte, ele tem amor e não sabe interpretar. Seus pais viajam muito desde quando ele era pequeno e por isso acha que isso diminui o amor, o que não acontece.
— Dormindo acordado? — a voz de Vanessa me acorda do transe.
— Pode se dizer que sim.
— O que está lendo? — ela olha curiosa.
— Um livro de fantasia. Você gosta? — questiono e ela concorda, me surpreendo — Como eu não sabia disso?
Ela dá de ombros.
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CITEȘTI
Por trás das névoas
Ficțiune adolescențiQuantas névoas existem entre Theo e Violeta? Theo Ribeiro está cansado de ser denominado como badboy pelos corredores do campus de sua universidade. A questão é que essa coisa de várias festas não fazem parte dele, que troca tudo isso pela presença...