Meu celular apitou por volta das 2:00 da manhã. Elliot havia acabado de chegar no hotel e estava me esperando lá embaixo.
— Aqui fora está congelando. — ele diz, assim que atendo. — Por que não respondeu minhas mensagens?
— Estou terminando de aprontar as malas. — sussurro, temendo que minhas companheiras de quarto acorde. — Só mais um minuto.
Ainda não acredito que vou fazer isso!
Não acredito que vou sair com o amor da minha vida (ou pelos menos com quem eu acredito ser o amor da minha vida) para uma aventura!— Certo. — ele suspira. — Você tem 5 minutos.
Eu não vou embora para sempre, não é? É claro que não!
Vamos apenas dar uma volta pela região, comer algumas coisas, tirar algumas fotos e ter ao menos uma noite inesquecível.Se a minha mãe fosse próxima, eu ligaria para ela agora e contaria o que está prestes a acontecer.
— 12 minutos. — ele murmura. — Eu te dei 5.
— Me desculpe. — coloco o cinto. — Eu estou aqui agora.
— Você está. — Elliot se inclina sobre o banco e me beija.
Seu cabelo castanho está maior do que ele geralmente permite. A franja desgrenhada está quase alcançando os cílios.
— Senti sua falta. — ele sussurra, esfregando minhas mãos entre as suas, numa tentativa de se esquentar e me esquentar também.
— Você ficou semanas sem falar comigo.
— Eu sei disso, Flores. As coisas lá em casa estavam uma... bagunça.
— Você roubou a empresa da família. — como se eu exalasse eletricidade, ele se afasta num salto.
—Se eu também faço parte da família, então não é roubar.
— O seu tio e o pai de Doug podem ir para a cadeia por sua causa. — desvio o olhar para a janela.
— Eu te disse desde o início que eu era todo errado. — ele dá partida. — Você sabe que eu não sou bom para você, não sabe?
— Sei.
— Então não tem o direito de jogar as coisas na minha cara como se você fosse a desinformada! Como se fosse melhor do que eu.
— Podemos trocar de assunto? — coloco os pés no banco. — Eu não queria te irritar.
— Mas irritou. — Elliot mantém o maxilar travado.
Eu acho sexy.
— Perdão. — estico o braço, acariciando-lhe a nuca. — Não vou mais te provocar.
— Eu gosto quando você me provoca do jeito certo. — seus olhos continuam na estrada.
— E qual é o jeito certo?
— Vou te mostrar.
É normal se sentir assim?
Enquanto Elliot balbucia e se encontra num sono pesado, eu avalio a situação. Está frio, mas o calor que nos tomou há poucos minutos faz com que as janelas do carro fiquem embaçadas.
Ainda me sinto febril.
Febril e incompleta.
Eu procuro me encontrar nele, mas sempre que acontece, me perco um tanto mais.
Quando Elliot está ao meu lado, sob ou sobre mim, é bom. Me ocupa a cabeça e faz esquecer do quão dura é a vida. Entretanto, quando acaba e ele se vira de costas, veste a própria roupa e acende um cigarro, toda a solidão aparece de novo.
Eu não consigo imaginar um futuro ao lado dele. Talvez ele seja o cara que eu vou avisar às minhas netas para não manterem por perto ou se apaixonarem.
Ele vai ser o amor intenso que me fere, marcando minha pele como se seus lábios fossem ferro fumegante, e suas mãos fossem emplastro para queimadura.
Elliot machuca e alivia.
E ai, homeboy family?
Como vocês estão?• O que acharam do capítulo de hoje?
• O que esperam do capítulo seguinte?
Pouco a pouco vamos descobrir o que houve entre Florence e Elliot. É bom, pois vamos compreender o que ela está sofrendo. Em contrapartida, vamos perceber o quão enganado Vincent foi durante sua amizade com Florence.
Estão prontas?
Eu estou super animada!Não sei se já falei, mas caso tenha falado, vou repetir: assim que terminar Homeboy, darei início ao segundo livro da série Amigavelmente Amigável.
Eu acredito que vocês vão adorar a história de Virgínia e Doug!
YOU ARE READING
Homeboy - amigavelmente amigável (livro 1).
Teen FictionNo mundo de Vincent, apenas três coisas realmente importam: Florence, Florence e Florence. Ainda quando é dia e seus olhos permanecem abertos, o garoto sonha com o momento em que a belíssima jovem lhe dará a atenção que tanto deseja. Com o cair da...
Vigiai, pois o falso amor anda sempre à espreita.
Start from the beginning