Capítulo 23

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Senti o meu corpo todo dolorido. Eu não conseguia me mexer direito e minha cabeça doía muito. Ouvia algumas vozes ao meu redor, mas o que me preocupava era o cheiro de gasolina que estava entrando em meu nariz. Abri os olhos com dificuldade vendo que eu estava com o rosto no volante do carro. Havia vários vidros em cima de mim, eu sentia sangue escorrendo em minha bochecha.

Me levantei com um pouco de dificuldade fazendo minhas costas irem de encontro ao banco. Meu corpo todo doía e eu não conseguia mexer minha mão direita. As vozes ficaram cada vez mais altas e eu quis gritar mandando calar a boca, mas eu estava um pouco fraco pra gritar. Olhei em direção as vozes e havia várias pessoas me olhando assustadas.

Meu carro estava destruído, a lataria estava totalmente amassada e pra cima. Os vidros, que eram a prova de balas, estavam destruídos. O que indicava que esse acidente era pra me matar. Fechei os olhos sentindo o cheiro forte da gasolina, e então tomei coragem para tirar o cinto. Vi o meu celular no chão do banco do passageiro. Mexi o meu braço esquerdo tirando o cinto, me agachei pegando o celular, e o coloquei no bolso da calça com bastante dificuldade. Tudo doía. 

 Abri a porta fazendo várias pessoas darem um pulo para trás. Respirei fundo tentando sair do carro.

- Moço, você não pode sair. A ambulância está vindo. -Uma mulher falou, mas eu não liguei. O carro iria explodir a qualquer minuto.

- O carro vai explodir. -Falei, e eles me olharam assustados. -Se afastem, porra! Eu acabei de falar que o carro vai explodir e vocês continuam aqui? -Gritei, e eles se afastaram.

- Senhor, você tem que ir para um hospital. -Um homem falou, mas eu não dei ouvidos. Eu me encostei em um poste do outro lado da rua, e respirei fundo. Olhei para o carro, e faltava pouco para explodir. E assim aconteceu. Escutei o barulho alto que fez a minha cabeça quase explodir junto de tanta dor. Meu carro estava pegando fogo.

- O senhor está bem? -Uma mulher perguntou próxima ao meu corpo.

- Eu preciso de um táxi. -Falei, e ela me olhou assustada, mas pegou o celular ligando para um táxi. 

- Você precisa de um médico. -Outra pessoa falou, e eu bufei sem paciência.

- O táxi chegou. -A mesma mulher falou, e eu assenti olhando pra trás vendo o motorista olhando assustado para o meu carro.

- Obrigado! -Falei andando com dificuldade até o táxi. Entrei, e o motorista me olhou assustado com o meu estado. -Virei filme de terror agora? Dirige essa porra! -Gritei, e ele deu partida com o carro.

Respirei fundo sentindo um ódio inexplicável. Eu tinha certeza absoluta que quem tentou me matar, está atrás da Barbara também. Ninguém da Georgia teria coragem de mexer comigo, ninguém era homem o suficiente para bater de frente comigo. Essa pessoa que está atrás da Barbara não é daqui, tive certeza disso agora.

Eu tenho muitos inimigos, várias pessoas não gostam de mim, mas nenhuma teria coragem de fazer algo desse nível comigo. Quem fez isso é podre de rico, e treinou seus homens muito bem.

- Chegamos. - O motorista falou. Tirei algumas notas de cem do meu bolso e joguei em cima dele.

Sai do carro com muita dificuldade vendo alguns seguranças me olhando com cara de bocó. Eles imediatamente abriram o portão assustados com o meu estado.

- Vão ficar me olhando, ou vão me ajudar? -Falei entre os dentes. Dois seguranças vieram na minha direção me ajudando a andar.

Já dava para escutar as risadas vindo da sala, e aquilo me estressou. Abri a porta em um chute, e entrei com a ajuda dos seguranças. Todos me olharam assustados, e incrédulos.

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