Capítulo 12

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                          02 de abril de 2018, 18:54
                                                           Megan

Querido diário...

Eu não era uma pessoa emotiva. Não chorava por qualquer coisa, apenas quando tinha razão para isso. Quando eu peguei Elliot no flagra com a minha prima, eu senti uma dor profunda, a dor da traição. Não imaginava que poderia ser tão doloroso, até porque eu não imaginava que algo assim me ocorreria, mas é como dizem "sempre terá a primeira vez" . E comigo não foi diferente. No entanto eu disse a mim mesma não sofrer por amor, eu também não queria ter que me apaixonar cedo, preferia me apaixonar quando eu já estivesse em uma grande e boa faculdade, me formando e encontrando meu primeiro emprego. Mas como nem tudo é como agente quer, a vida me pregou uma peça, algo que nunca imaginei aconteceu, um sentimento novo surgiu, e cresceu sem que eu pudesse ter controle. E me apaixonei. Agora estou perdida em um amor que não é correspondido da mesma forma, e sinto que isso dói duas vezes mais do que qualquer outra coisa que eu já tenha passado.

                            ***

Era 19hs, eu não tinha nada para fazer. No entanto estava assistindo Dirty Dancing na TV. Estava naquele grande momento do final do filme em que Patrick Swayze levanta Jennifer Grey. Aproveitando que estava sozinha, eu tentei imitá-la dançando. A coreografia teria ficado legal, caso eu estivesse sem o gesso em meu braço. A cena era ridícula, mas eu não me importava. É como dizem "seja feliz!".

- Ahn, Megan ? o que você está fazendo? - Alguém perguntou justo no momento em que eu estiquei as pernas numa tentativa inútil de imitar a Baby. Eu tinha que admitir: eu era péssima para dançar.

Me virei e vi meu pai próximo a porta com os braços cruzados, e olhando para mim como se eu fosse um alienígena naquele lugar.

- Estou assistindo a Dirty Dancing. - Respondi ajeitando a bagunça que estavam meus cabelos - Acabei me empolgando.

Ele assentiu, andando até uma mesa ali próxima, foi lá mesmo que ele pôs sua pasta preta de trabalho.

- Hoje o dia foi cheio.

- Nem me fale. - suspirei.

Ele guardou suas coisas e começou a me contar sobre como foi seu dia de trabalho, lá pelo meio falou sobre sua breve discussão com um consultor de vendas, o maior desastre e tal. Era  mais fácil rir com meu pai por perto. E era mil vezes melhor estar em sua companhia do que provavelmente sozinha. Com meia hora depois mamãe chegou. Naquele dia, eu e Selena assistimos a um filme na netflix. Depois nossa mãe nos chamou para jantar. Com algum tempo depois, eu subi para o meu quarto e naquela mesma noite eu caí no sono com facilidade...

             Na manhã do dia seguinte...

                                                      [09:30hr]

- O que você acha de comermos algo na lanchonete? - pergunta mamãe enquanto avança o sinal verde.

Hoje era terça-feira, eu havia acabado de tirar o gesso, inclusive tínhamos acabado de sair da clínica.

- Acho uma boa ideia.- falei concordando, pois meu estômago implorava por comida.

Hoje o ar está bem refrescante. Olho para o céu ensolarado através da janela do carro, e percebo o quanto o sol brilha triunfantemente sobre o horizonte. Logo percebi que o carro havia parado, enquanto eu estava distraída. Minha mãe havia estacionado o carro numa vaga próxima a uma cafeteria. O lugar não estava muito movimentado. Nos sentamos e fizemos nossos pedidos a uma garçonete que pelo sotaque era indiana. Minha mãe pediu um cappuccino grande e uma rosquinha. Eu também pedi cappuccino acompanhado de um brownie junto. Depois de anotar nossos pedidos, a garçonete nos deixou sozinhas. Ela começou a conversar sobre assuntos do seu trabalho, eu apenas assentia com um "hum" e "ah". Então a garçonete voltou trazendo nossos pedidos.

Ligados Pelo amorWhere stories live. Discover now